MEMÓRIAS
antes da grande LAVAGEM que se avizinha
DESCOLONIZAÇÃO
Há Quarenta Anos Teve Início Uma Limpeza Étnica...
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Segundo
o jornalista brasileiro Santana Mota, correspondente em Lisboa do
diário "O Estado de São Paulo", Mário Soares ter-lhe-à dito logo em 1973
que a solução para os brancos que viviam na África Portuguesa seria
"atirá-los aos tubarões". |
"Chega sempre um momento na história em que quem se atreve a dizer que dois e dois são quatro é condenado à morte." - Albert Camus (1913 - 1960) in «A Peste»
Foi
há quarenta anos que se iniciou aquilo que acabaria por se transformar
numa limpeza étnica de proporções avassaladoras e verdadeiramente
humilhantes para Portugal e os portugueses. O 25 de Abril de 1974,
planeado nos bastidores por mãos estrangeiras e sobre o qual ainda há
muitos segredos por desvendar, foi apenas o início de um programa de
limpeza étnica que a esquerda internacional tinha preparado em segredo
durante anos e cujo único objectivo era varrer todos os portugueses
brancos das Províncias Ultramarinas.
O
plano da esquerda era simples e do mais cruel e sanguinário que se pode
conceber, digno apenas das maquinações maquiavélicas engendradas pelo
KGB durante décadas. Para todo o processo de limpeza étnica ter início, a
esquerda necessitava apenas de uma "faísca" que pegasse fogo a
todo o aparato de segurança do Império Português, de forma a que este
colapsasse rapidamente sobre si próprio em favor da União Soviética que
passaria a ser a nova dona da África Portuguesa.
A história determinou que essa "faísca"
viesse a ser o dia 25 de Abril de 1974. Uma vez consumado o golpe,
elementos afectos ao Partido Comunista Português (PCP) e a outras
organizações de esquerda deram início ao processo de desmoralização das
Forças Armadas com slogans do género "nem mais um soldado para as colónias" e afins.
A
esquerda portuguesa pretendia fazer colapsar a ordem nas Províncias
Ultramarinas o mais depressa possível de forma a que estas pudessem cair
na órbita soviética antes que os Estados Unidos e o Ocidente tivessem
tempo de reagir. Os brancos que viviam em África eram um óbvio obstáculo
a estes planos e portanto a solução encontrada pela esquerda foi
simples: eliminar os brancos.
Não
tardou para que o pânico se instalasse entre a população branca que
vendo-se abandonada pela soldadesca vermelha ao serviço de Moscovo,
começou a emitir pedidos de socorro desesperados e a implorar por apoio
militar à poderosa África do Sul e à Rodésia de Ian Smith. De nada
serviram estes apelos, mas foi exemplar a forma como ambos os países
receberam os portugueses em fuga que lhes chegaram às fronteiras em
muitos casos apenas com a roupa que traziam no corpo.
Outros,
mais infelizes e de má sorte, foram massacrados durante a fuga ou ainda
antes de terem conseguido ter a oportunidade de fugir. Alguns foram
queimados vivos, outros foram espancados até à morte, outros ainda
morreram baleados em execuções sumárias, homens, mulheres, crianças e
até bebés, todos nossos compatriotas e todos assassinados por ordem da
União Soviética e com o total apoio da esquerda portuguesa.
Ninguém
sabe ao certo quantos portugueses brancos foram massacrados desta forma
nos anos que se seguiram ao 25 de Abril, uns falam em milhares, outros
falam em dezenas de milhares. Apenas sabemos que foram muitos.
Quanto
aos negros e mulatos que lutaram do nosso lado durante a Guerra do
Ultramar, para esses a situação ainda foi pior, pois a esmagadora
maioria não conseguiu fugir para fora dos territórios ultramarinos e
ficaram sujeitos às mais terríveis represálias por parte dos "movimentos de libertação"
que não gozavam de qualquer legitimidade popular, mas aos quais mesmo
assim foi entregue o poder pelos mercenários da esquerda portuguesa ao
serviço de interesses estrangeiros.
A
limpeza étnica na África Portuguesa terminou com a fuga de cerca de um
milhão de brancos. Pessoas, na sua larga maioria inocentes e cujo único
crime que cometeram foi o de serem brancos. Destas coisas já não fala a
esquerda portuguesa, essa mesma esquerdinha que gosta tanto de acusar os
nacionalistas e a direita de serem "racistas" e de falar em "causas fracturantes".
Mas "fracturante" mesmo foi a limpeza étnica dos nossos compatriotas brancos em África que a esquerda portuguesa promoveu. Isso sim é que foi "fracturante".
Sejamos claros, quem tem toda a responsabilidade neste processo
criminoso é a esquerda e não a direita, pois foi a esquerda que tomou o
poder a 25 de Abril de 1974 e foi a esquerda que teve a "faca e o queijo na mão" durante todo o infame e criminoso processo de "descolonização".
A limpeza étnica dos brancos em Angola, Moçambique e na Guiné-Bissau
aconteceu porque a esquerda quis que acontecesse. Os planos foram
urdidos e traçados nesse sentido propositadamente, não se tratou de
nenhum acontecimento "inevitável" ou que "não poderia ser evitado" como a esquerda hoje afirma para se desculpar.
Na
África Portuguesa os quadros com preparação necessária para governar e
gerir a vida económica, eram na sua maioria brancos. Estes brancos,
salvo excepções muito raras, nunca tiveram quaisquer simpatias pelo
Marxismo e pelos revolucionários dos "amanhãs que cantam". Logo,
constituíam um travão aos interesses soviéticos em África e por esse
mesmo motivo a União Soviética tomou todas as medidas necessárias para
os expulsar de África e exterminá-los fisicamente se tal fosse
necessário.
A revista The Economist considerou a fuga dos portugueses brancos como sendo "o maior êxodo na história de África".
Nem sequer no Congo onde entre Janeiro e Julho de 1960 a população
branca caiu de 110.000 para apenas 20.000 pessoas, se viu tamanho
movimento populacional como aquele que foi registado na África
Portuguesa.[1]
O
governo português (de esquerda...) criminosamente adiou até ao último
momento qualquer ajuda ou apoio substancial a estes refugiados, tendo-os
abandonado à mercê dos guerrilheiros armados dos "movimentos de libertação"
que intoxicados por drogas e com o cérebro envenenado pela propaganda
marxista, estavam dispostos a massacrar todos os brancos em África. Em
Angola, cidades inteiras outrora prósperas e bem cuidadas, como Carmona e
Malange foram abandonadas devido à fuga de quase toda a população.
Malange acabou por se transformar num imenso cemitério a céu aberto com "milhares de pessoas mortas, na sua maioria africanos, que estavam ainda insepultas quando se abandonou a cidade."[2]
Alguns brancos tentaram resistir em Luanda, mas a esmagadora maioria
rapidamente percebeu que a limpeza étnica de que estavam a ser vítimas
era para ir até ao fim e que a única opção viável que o regime de Abril
lhes havia dado era a de fugirem deixando para trás toda uma vida de
trabalho.
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Uma
rua em Malange em 1975. A cidade foi praticamente toda abandonada, para
trás ficaram os cadáveres em decomposição no meio das ruas... |
Sob
todos os pontos de vista do direito internacional, o que se passou na
África Portuguesa em consequência do 25 de Abril de 1974, constitui um
crime contra a humanidade e como tal deve ser considerado.
O Relatório Final da Comissão de Peritos Estabelecido Conforme a Resolução 780 do Conselho de Segurança das Nações Unidas definiu a limpeza étnica como sendo:
"Uma
política propositadamente concebida por um grupo étnico ou religioso,
para remover a população civil de outro grupo étnico ou religioso de uma
determinada área geográfica, através de meios violentos ou que inspirem
terror."[3]
Segundo
esta definição dada pela própria Organização das Nações Unidas (ONU),
não foi precisamente isto que sucedeu na África Portuguesa à população
branca?
As
evidências e as provas do crime são tantas que não resta margem para
dúvidas de que a descolonização da África Portuguesa foi simultâneamente
uma limpeza étnica da população branca, promovida pela União Soviética e
com o total apoio ou pelo menos a colaboração passiva de vários
partidos da esquerda portuguesa, especialmente o Partido Comunista
Português (PCP) e o Partido Socialista (PS).
É
óbvio que o regime instaurado em Portugal a 25 de Abril de 1974 tudo
tem feito para esconder estes crimes contra a humanidade pelos quais é
directamente responsável e por isso promove o mito de que a Revolução
dos Cravos foi uma "revolução sem sangue".
Muitos "retornados"
têm dificuldade em relembrar o que se passou e por isso preferem o
silêncio à acção, pois não desejam reviver os traumas pelos quais
passaram. Mas o facto é que existe mais do que matéria suficiente para
dar origem a julgamentos no Tribunal Penal Internacional.
Um
número significativo dos responsáveis pela limpeza étnica que ocorreu
na África Portuguesa ainda estão vivos e alguns dos partidos
responsáveis até têm assento parlamentar. Todos estes elementos
criminosos já deveriam de ter sido totalmente escorraçados da vida
política nacional e os responsáveis julgados em Portugal ou então
deportados para o Tribunal Penal Internacional onde enfrentariam
julgamento.
Apenas
compreendendo tudo isto é que os portugueses poderão compreender o
fanatismo da esquerda e do regime actual em promover o mito da "revolução sem sangue"
e todo o folclore ridículo que anualmente se repete nas celebrações do
25 de Abril, quando os responsáveis e co-responsáveis pela limpeza
étnica dos portugueses brancos em África colocam os seus cravos
encharcados de sangue inocente na lapela e celebram uma das maiores
tragédias da história de Portugal e da humanidade.
Esta imunda campanha de falsificação da história e branqueamento de crimes contra a humanidade que conta com o apoio da "elite de Abril",
infiltrada nas escolas, universidades, fundações e quase todos os meios
de comunicação de massas, é simultâneamente um exemplo do desespero em
que o actual regime se encontra. No fundo tudo isto não passa de uma
gigantesca campanha de desinformação sustentada por quase toda a classe
jornalística, política e universitária que continua a fazer "vista grossa"
à limpeza étnica a que os brancos foram sujeitos na África Portuguesa e
aos posteriores massacres da população civil negra levados a cabo pelos
assim-chamados "movimentos de libertação".
Os
responsáveis em Portugal e no estrangeiro por toda esta loucura
genocida poderão até escapar à justiça dos homens, mas tenho a certeza
absoluta de que ao julgamento da história não escaparão. Quanto aos "revolucionários de Abril", que a consciência lhes pese - e a terra que os cobrir também.
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Segundo
a revista "Spiegel", Mário Soares disse logo em 1974 que não hesitaria
em disparar contra os portugueses brancos se estes tentassem resistir
contra a limpeza étnica que lhes estava reservada pelo regime de Abril. |
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Uma
mãe com os seus filhos, todos visivelmente desgastados e abatidos.
Segundo a esquerda portuguesa, estas crianças eram "colonialistas
perigosos" e por isso tiveram de ser sujeitos a uma limpeza étnica. |
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Um grupo de retornados ou "reaccionários fascistas" como a esquerda portuguesa os definia. |
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Mais
um grupo de retornados, aparentemente despassarados e sem rumo. Dá para
ver claramente que estas pessoas são tão "perigosas" para a humanidade
que "atirá-los aos tubarões" é a única solução adequada para resolver o
problema. |
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Outro
grupo de retornados com aspecto de "vencidos da vida" após a limpeza
étnica a que foram sujeitos pela esquerda portuguesa ao serviço dos
"valores de Abril". |
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"Retornados fascistas" a dormir no chão por cortesia dos capitães de Abril. |
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Um
milhão de refugiados do Ultramar. Isto constitui um grande motivo de
orgulho para a esquerda portuguesa e os capitães revolucionários de
Abril a quem só faltou ser-lhes atribuído o Prémio Estaline pelos seus
serviços para com a "Pátria do Socialismo". |
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Duas
portuguesas mulatas que também foram vítimas da limpeza étnica. A
esquerda portuguesa provavelmente achou que o facto de terem a pele
cor-de-café-com-leite era já demasiado branco e por isso meteu-as na
lista do "gado fascista para expulsão ou abate". Ou fogem ou morrem! São
ordens do camarada Brejnev! |
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Mais
alguns "retornados reaccionários" que beneficiaram da "descolonização
exemplar" promovida pela esquerda portuguesa. "É preciso partir os
dentes à reacção" assim dizia o "humanista" Álvaro Cunhal. |
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João José Horta Nobre
25 de Abril de 2014