PLANÍCIE

Sou, na verdade, o Lobo da Estepe, como me digo tantas vezes aquele animal extraviado que não encontra abrigo nem na alegria nem alimento num mundo que lhe é estranho e incompreensível

Herman Hesse

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

2017-ALGUÉM me diz quem é a Maria Leal?



Só a Natureza é divina, e ela não é divina...

Se falo dela como de um ente
É que para falar dela preciso usar da linguagem dos homens
Que dá personalidade às cousas,
E impõe nome às cousas.

Mas as cousas não têm nome nem personalidade:
Existem, e o céu é grande e a terra larga,
E o nosso coração do tamanho de um punho fechado...

Bendito seja eu por tudo quanto sei.
Gozo tudo isso como quem sabe que há o Sol.
(Alberto Caeiro) 


Um País de Canalhas

Pensar Portugal. Nós somos um país de «elites», de indivíduos isolados que de repente se põem a ser gente. Nós somos um país de «heróis» à Carlyle, de excepções, de singularidades, que têm tomado às costas o fardo da nossa história. Nós não temos sequer núcleos de grandes homens. Temos só, de longe em longe, um original que se levanta sobre a canalhada e toma à sua conta os destinos do país. A canalhada cobre-os de insultos e de escárnio, como é da sua condição de canalha. Mas depois de mortos, põe-os ao peito por jactância ou simplesmente ignora que tenham existido. Nós não somos um país de vocações comuns, de consciência comum. A que fomos tendo foi-nos dada por empréstimo dos grandes homens para a ocasião. Os nossos populistas é que dizem que não. Mas foi. A independência foi Afonso Henriques, mas sem patriotismo que ainda não existia. Aljubarrota foi Nuno Álvares. Os descobrimentos foi o Infante, mas porque o negócio era bom. O Iluminismo foi Verney e alguns outros, para ser deles todos só Pombal. O liberalismo foi Mouzinho e a França. A reacção foi Salazar. O comunismo é o Cunhal. Quanto à sarrabulhada é que é uma data deles. Entre os originais e a colectividade há o vazio. O segredo da nossa História está em que o povo não existe. Mas existindo os outros por ele, a História vai-se fazendo mais ou menos a horas. Mas quando ele existe pelos outros, é o caos e o sarrabulho. Não há por aí um original para servir?

Vergílio Ferreira, in 'Conta-Corrente 2'


2017
Que 
não


 BIRMÂNIA

 

 

 



Uma das minorias mais perseguidas no mundo


Quem são?

A minoria rohingya, que segue a religião muçulmana e vive em Myanmar, compõe-se de 1,3 milhão de pessoas. Muitos habitam campos nos subúrbios de Sittwe, a capital do Estado de Rakhine, no leste do país, que faz fronteira com Bangladesh. Desde os graves distúrbios religiosos de 2012, a ONU considera os rohingyas como uma das minorias mais perseguidas do mundo.

Por que são perseguidos?

Em Myanmar, esse grupo vive sob condições miseráveis, sem o direito de possuir terras e sendo submetidos a explorações e restrições de movimentos. O Governo de Naypyidaw lhes nega o direito à cidadania, por considerá-los imigrantes bengaleses ilegais, apesar de suas famílias viverem em Myanmar, um país de maioria budista, há várias gerações.

Quantos já fugiram de Myanmar?

Nos últimos três anos, multiplicaram-se os ataques contra eles, resultando na morte de 280 pessoas e deixando quase 140.000 desabrigadas, segundo cálculos de organizações de direitos humanos. A ONG Projeto Arakan, que há mais de uma década monitora o fluxo de imigrantes rohingyas na baía de Bengala, estima que desde 2012 mais de 100.000 rohingyas abandonaram Myanmar.

Quais são suas aspirações?

O sonho da grande maioria é poder fugir para a prosperidade da Malásia, um país também de religião muçulmana. Até agora, o caminho mais habitual para isso era via Tailândia.


https://samiagabriela.wordpress.com/2012/11/08/perseguicao-a-muculmanos/

...ENQUANTO ISTO, aqui a maldição das HORAS-SEMPRE as HORAS e a antecipação das FESTAS de VERÃO. BILHETES ESGOTADOS-O NATAL de 2017 está quase à porta...
SEMPRE as HORAS-os DIAS e a maldição feita pelas mãos dos HOMENS.
ASSANGE continua esperando que o OBAMA se vá de vez...e o MUNDO já perdeu a esperança que venha a PAZ. GUTERRES, cheio de boa vontade e imitando FRANCISCO el PAPA BOM. prega ao entendimento-

Façamos da Paz a nossa prioridade.
Façamos de 2017 um ano em que todos – cidadãos, governos, dirigentes – procurem superar as suas diferenças.  

ONDE OUVI? LI e esqueci, este diálogo de surdos...

HÁ TANTAS SÍRIAS SR. GUTERRES-tantos DITADORES, hoje FANTASMAS, que clamam por JUSTIÇA. Tantos POVOS destroçados em nome da abertura ao progresso do OCIDENTE.
Valha-nos DEUS e os DEUSES SUBALTERNOS... e ninguém me diz quem é afinal a MARIA LEAL...

Deve ser alguém muito importante.



É
BISSEXTO

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

O PESO da PENA do PAVÃO








A INSUSTENTÁVEL LEVEZA da pena de um PAVÃO


ANO


XVII

Hoje a liberdade de expressão é um luxo. Eu não sou rico, mas também não sou pobre, tenho meios económicos e capacidade de intervenção no espaço público para me poder defender […]
É preciso que as pessoas em Portugal ganhem coragem de falar, com ou sem razão, daquilo que entendem que está mal à sua volta."
Paulo Morais, um tipo que não é muito conhecido.  


do
TEMPO de CRISTO
AS PALAVRAS dos OUTROS
PESO em TODOS NÓS, ANIMAIS PENSANTES
REVISITADO IN! 


...
canto GEDEÃO
Eu, quando choro. 
não choro eu. 
Chora aquilo que nos homens 
em todo tempo sofreu. 
As lágrimas são as minhas 
mas o choro não é meu.








 

Síria: quase 11 mil crianças foram mortas em 30 meses de conflito-500.000 MORTOS na totalidade

 PRIMAVERA ÁRABE

 

http://cenegri.org.br/portal/?p=311 

Como efeito do sucesso das revoltas tunisina e egípcia, a Primavera Árabe continuou pela Líbia e pelo Iêmen, e se arrasta de forma mal sucedida pela Síria ainda hoje.
Surgiram ecos perceptíveis em Argélia, Jordânia, Bahrein e Marrocos. Pequenas sublevações também ocorreram em Irã, Iraque, Kuwait, Omã, Dijibuti, Sudão, Etiópia, Camarões, Angola, Zimbábue, Gabão e, por mais incrível que pareça, até mesmo na China.
Pode-se dizer que a Primavera Árabe fracassou no sentido de não ter conseguido instaurar uma democracia plena nesses países, apesar do sucesso inicial ao ter derrubado os ditadores da Tunísia, do Egipto, da Líbia e do Iémene. A perpetuação dos problemas que vem de outrora é outro sinal do fracasso do movimento, já que em muitos casos as desigualdades sociais aumentaram em vez de retrocederem.
O mundo assiste ao transbordamento dessa crise na expectativa de que o final seja mais propício à disseminação da democracia que à generalização do derramamento de sangue.

.


  Poema do alegre desespero

Compreende-se que lá para o ano três mil e tal
ninguém se lembre de certo Fernão barbudo
que plantava couves em Oliveira do Hospital,

ou da minha virtuosa tia-avó Maria das Dores
que tirou um retrato toda vestida de veludo
sentada num canapé junto de um vaso com flores.

Compreende-se.

E até mesmo que já ninguém se lembre que houve três impérios no Egipto
(o Alto Império, o Médio Império e o Baixo Império)
com muitos faraós, todos a caminharem de lado e a fazerem tudo de perfil,
e o Estrabão, o Artaxerpes, e o Xenofonte, e o Heraclito,
e o desfiladeiro das Termópilas, e a mulher do Péricles, e a retirada dos dez mil,
e os reis de barbas encaracoladas que eram senhores de muitas terras,
que conquistavam o Lácio e perdiam o Épiro, e conquistavam o Épiro e perdiam o Lácio,

e passavam a vida inteira a fazer guerras,
e quando batiam com o pé no chão faziam tremer todo o palácio,
e o resto tudo por aí fora,
e a Guerra dos Cem Anos,
e a Invencível Armada,
e as campanhas de Napoleão,
e a bomba de hidrogénio.
Mais império menos império,
mais faraó menos faraó,
será tudo um vastíssimo cemitério,
cacos, cinzas e pó.

Compreende-se.
Lá para o ano três mil e tal.

E o nosso sofrimento para que serviu afinal?
 António Gedeão

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

O PERÚ e o OBAMA-FELIZMENTE há LUAR



Obama diz sentir-se responsável pelo que está a acontecer em Alepo

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse hoje que se sente "responsável" pelo que está acontecer na cidade síria de Alepo, como também de outras "situações "horríveis" que estão a ocorrer em outros lugares do mundo.

 

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse esta sexta-feira que se sente "responsável" pelo que está acontecer na cidade síria de Alepo, como também de outras "situações "horríveis" que estão a ocorrer em outros lugares do mundo. "Sinto-me sempre responsável", respondeu Barack Obama, quando questionado sobre a situação na Síria, em particular em Alepo, durante a sua última conferência de imprensa do ano na Casa Branca. Barack Obama também reconheceu que não pode dizer que a sua estratégia perante o conflito na Síria tenha funcionado, sublinhando que a sua prioridade ao avaliar as opções disponíveis foi fazer "o correto" para os interesses dos Estados Unidos. "Não posso dizer que tenhamos tido êxito" e "isso é algo que vai para a cama comigo todas as noites", comentou Barack Obama. Segundo o Presidente, a responsabilidade da "brutalidade" que se está a viver em Alepo deve recair sobre o regime sírio e os seus aliados, Rússia e Irão, a quem acusou de ocultar do mundo "a verdade" do que se passa naquela cidade.

Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/mundo/detalhe/obama-sente-se-responsavel-pelo-que-esta-a-acontecer-em-alepo
O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse esta sexta-feira que se sente "responsável" pelo que está acontecer na cidade síria de Alepo, como também de outras "situações "horríveis" que estão a ocorrer em outros lugares do mundo. "Sinto-me sempre responsável", respondeu Barack Obama, quando questionado sobre a situação na Síria, em particular em Alepo, durante a sua última conferência de imprensa do ano na Casa Branca. Barack Obama também reconheceu que não pode dizer que a sua estratégia perante o conflito na Síria tenha funcionado, sublinhando que a sua prioridade ao avaliar as opções disponíveis foi fazer "o correto" para os interesses dos Estados Unidos. "Não posso dizer que tenhamos tido êxito" e "isso é algo que vai para a cama comigo todas as noites", comentou Barack Obama. Segundo o Presidente, a responsabilidade da "brutalidade" que se está a viver em Alepo deve recair sobre o regime sírio e os seus aliados, Rússia e Irão, a quem acusou de ocultar do mundo "a verdade" do que se passa naquela cidade.

Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/mundo/detalhe/obama-sente-se-responsavel-pelo-que-esta-a-acontecer-em-alepo
O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse esta sexta-feira que se sente "responsável" pelo que está acontecer na cidade síria de Alepo, como também de outras "situações "horríveis" que estão a ocorrer em outros lugares do mundo. "Sinto-me sempre responsável", respondeu Barack Obama, quando questionado sobre a situação na Síria, em particular em Alepo, durante a sua última conferência de imprensa do ano na Casa Branca. Barack Obama também reconheceu que não pode dizer que a sua estratégia perante o conflito na Síria tenha funcionado, sublinhando que a sua prioridade ao avaliar as opções disponíveis foi fazer "o correto" para os interesses dos Estados Unidos. "Não posso dizer que tenhamos tido êxito" e "isso é algo que vai para a cama comigo todas as noites", comentou Barack Obama. Segundo o Presidente, a responsabilidade da "brutalidade" que se está a viver em Alepo deve recair sobre o regime sírio e os seus aliados, Rússia e Irão, a quem acusou de ocultar do mundo "a verdade" do que se passa naquela cidade.

Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/mundo/detalhe/obama-sente-se-responsavel-pelo-que-esta-a-acontecer-em-alepo

 

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse esta sexta-feira que se sente "responsável" pelo que está acontecer na cidade síria de Alepo, como também de outras "situações "horríveis" que estão a ocorrer em outros lugares do mundo. "Sinto-me sempre responsável", respondeu Barack Obama, quando questionado sobre a situação na Síria, em particular em Alepo, durante a sua última conferência de imprensa do ano na Casa Branca. Barack Obama também reconheceu que não pode dizer que a sua estratégia perante o conflito na Síria tenha funcionado, sublinhando que a sua prioridade ao avaliar as opções disponíveis foi fazer "o correto" para os interesses dos Estados Unidos. "Não posso dizer que tenhamos tido êxito" e "isso é algo que vai para a cama comigo todas as noites", comentou Barack Obama. Segundo o Presidente, a responsabilidade da "brutalidade" que se está a viver em Alepo deve recair sobre o regime sírio e os seus aliados, Rússia e Irão, a quem acusou de ocultar do mundo "a verdade" do que se passa naquela cidade.

Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/mundo/detalhe/obama-sente-se-responsavel-pelo-que-esta-a-acontecer-em-alepo
© Getty Images
Mundo Síria

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

O PERÚ de OBAMA



MEMÓRIAS
antes da grande LAVAGEM que se avizinha

DESCOLONIZAÇÃO

Há Quarenta Anos Teve Início Uma Limpeza Étnica...

Segundo o jornalista brasileiro Santana Mota, correspondente em Lisboa do diário "O Estado de São Paulo", Mário Soares ter-lhe-à dito logo em 1973 que a solução para os brancos que viviam na África Portuguesa seria "atirá-los aos tubarões".
 
"Chega sempre um momento na história em que quem se atreve a dizer que dois e dois são quatro é condenado à morte." - Albert Camus (1913 - 1960) in «A Peste»
Foi há quarenta anos que se iniciou aquilo que acabaria por se transformar numa limpeza étnica de proporções avassaladoras e verdadeiramente humilhantes para Portugal e os portugueses. O 25 de Abril de 1974, planeado nos bastidores por mãos estrangeiras e sobre o qual ainda há muitos segredos por desvendar, foi apenas o início de um programa de limpeza étnica que a esquerda internacional tinha preparado em segredo durante anos e cujo único objectivo era varrer todos os portugueses brancos das Províncias Ultramarinas.
O plano da esquerda era simples e do mais cruel e sanguinário que se pode conceber, digno apenas das maquinações maquiavélicas engendradas pelo KGB durante décadas. Para todo o processo de limpeza étnica ter início, a esquerda necessitava apenas de uma "faísca" que pegasse fogo a todo o aparato de segurança do Império Português, de forma a que este colapsasse rapidamente sobre si próprio em favor da União Soviética que passaria a ser a nova dona da África Portuguesa.
A história determinou que essa "faísca" viesse a ser o dia 25 de Abril de 1974. Uma vez consumado o golpe, elementos afectos ao Partido Comunista Português (PCP) e a outras organizações de esquerda deram início ao processo de desmoralização das Forças Armadas com slogans do género "nem mais um soldado para as colónias" e afins.
A esquerda portuguesa pretendia fazer colapsar a ordem nas Províncias Ultramarinas o mais depressa possível de forma a que estas pudessem cair na órbita soviética antes que os Estados Unidos e o Ocidente tivessem tempo de reagir. Os brancos que viviam em África eram um óbvio obstáculo a estes planos e portanto a solução encontrada pela esquerda foi simples: eliminar os brancos.
Não tardou para que o pânico se instalasse entre a população branca que vendo-se abandonada pela soldadesca vermelha ao serviço de Moscovo, começou a emitir pedidos de socorro desesperados e a implorar por apoio militar à poderosa África do Sul e à Rodésia de Ian Smith. De nada serviram estes apelos, mas foi exemplar a forma como ambos os países receberam os portugueses em fuga que lhes chegaram às fronteiras em muitos casos apenas com a roupa que traziam no corpo.
Outros, mais infelizes e de má sorte, foram massacrados durante a fuga ou ainda antes de terem conseguido ter a oportunidade de fugir. Alguns foram queimados vivos, outros foram espancados até à morte, outros ainda morreram baleados em execuções sumárias, homens, mulheres, crianças e até bebés, todos nossos compatriotas e todos assassinados por ordem da União Soviética e com o total apoio da esquerda portuguesa.

Ninguém sabe ao certo quantos portugueses brancos foram massacrados desta forma nos anos que se seguiram ao 25 de Abril, uns falam em milhares, outros falam em dezenas de milhares. Apenas sabemos que foram muitos.

Quanto aos negros e mulatos que lutaram do nosso lado durante a Guerra do Ultramar, para esses a situação ainda foi pior, pois a esmagadora maioria não conseguiu fugir para fora dos territórios ultramarinos e ficaram sujeitos às mais terríveis represálias por parte dos "movimentos de libertação" que não gozavam de qualquer legitimidade popular, mas aos quais mesmo assim foi entregue o poder pelos mercenários da esquerda portuguesa ao serviço de interesses estrangeiros.
A limpeza étnica na África Portuguesa terminou com a fuga de cerca de um milhão de brancos. Pessoas, na sua larga maioria inocentes e cujo único crime que cometeram foi o de serem brancos. Destas coisas já não fala a esquerda portuguesa, essa mesma esquerdinha que gosta tanto de acusar os nacionalistas e a direita de serem "racistas" e de falar em "causas fracturantes"

Mas "fracturante" mesmo foi a limpeza étnica dos nossos compatriotas brancos em África que a esquerda portuguesa promoveu. Isso sim é que foi "fracturante". Sejamos claros, quem tem toda a responsabilidade neste processo criminoso é a esquerda e não a direita, pois foi a esquerda que tomou o poder a 25 de Abril de 1974 e foi a esquerda que teve a "faca e o queijo na mão" durante todo o infame e criminoso processo de "descolonização". A limpeza étnica dos brancos em Angola, Moçambique e na Guiné-Bissau aconteceu porque a esquerda quis que acontecesse. Os planos foram urdidos e traçados nesse sentido propositadamente, não se tratou de nenhum acontecimento "inevitável" ou que "não poderia ser evitado" como a esquerda hoje afirma para se desculpar.
Na África Portuguesa os quadros com preparação necessária para governar e gerir a vida económica, eram na sua maioria brancos. Estes brancos, salvo excepções muito raras, nunca tiveram quaisquer simpatias pelo Marxismo e pelos revolucionários dos "amanhãs que cantam". Logo, constituíam um travão aos interesses soviéticos em África e por esse mesmo motivo a União Soviética tomou todas as medidas necessárias para os expulsar de África e exterminá-los fisicamente se tal fosse necessário.
A revista The Economist considerou a fuga dos portugueses brancos como sendo "o maior êxodo na história de África". Nem sequer no Congo onde entre Janeiro e Julho de 1960 a população branca caiu de 110.000 para apenas 20.000 pessoas, se viu tamanho movimento populacional como aquele que foi registado na África Portuguesa.[1]

O governo português (de esquerda...) criminosamente adiou até ao último momento qualquer ajuda ou apoio substancial a estes refugiados, tendo-os abandonado à mercê dos guerrilheiros armados dos "movimentos de libertação" que intoxicados por drogas e com o cérebro envenenado pela propaganda marxista, estavam dispostos a massacrar todos os brancos em África. Em Angola, cidades inteiras outrora prósperas e bem cuidadas, como Carmona e Malange foram abandonadas devido à fuga de quase toda a população. Malange acabou por se transformar num imenso cemitério a céu aberto com "milhares de pessoas mortas, na sua maioria africanos, que estavam ainda insepultas quando se abandonou a cidade."[2] Alguns brancos tentaram resistir em Luanda, mas a esmagadora maioria rapidamente percebeu que a limpeza étnica de que estavam a ser vítimas era para ir até ao fim e que a única opção viável que o regime de Abril lhes havia dado era a de fugirem deixando para trás toda uma vida de trabalho.


Uma rua em Malange em 1975. A cidade foi praticamente toda abandonada, para trás ficaram os cadáveres em decomposição no meio das ruas...


Sob todos os pontos de vista do direito internacional, o que se passou na África Portuguesa em consequência do 25 de Abril de 1974, constitui um crime contra a humanidade e como tal deve ser considerado. 
O Relatório Final da Comissão de Peritos Estabelecido Conforme a Resolução 780 do Conselho de Segurança das Nações Unidas definiu a limpeza étnica como sendo: 
"Uma política propositadamente concebida por um grupo étnico ou religioso, para remover a população civil de outro grupo étnico ou religioso de uma determinada área geográfica, através de meios violentos ou que inspirem terror."[3]
  
Segundo esta definição dada pela própria Organização das Nações Unidas (ONU), não foi precisamente isto que sucedeu na África Portuguesa à população branca?
As evidências e as provas do crime são tantas que não resta margem para dúvidas de que a descolonização da África Portuguesa foi simultâneamente uma limpeza étnica da população branca, promovida pela União Soviética e com o total apoio ou pelo menos a colaboração passiva de vários partidos da esquerda portuguesa, especialmente o Partido Comunista Português (PCP) e o Partido Socialista (PS).

É óbvio que o regime instaurado em Portugal a 25 de Abril de 1974 tudo tem feito para esconder estes crimes contra a humanidade pelos quais é directamente responsável e por isso promove o mito de que a Revolução dos Cravos foi uma "revolução sem sangue".

Muitos "retornados" têm dificuldade em relembrar o que se passou e por isso preferem o silêncio à acção, pois não desejam reviver os traumas pelos quais passaram. Mas o facto é que existe mais do que matéria suficiente para dar origem a julgamentos no Tribunal Penal Internacional.

Um número significativo dos responsáveis pela limpeza étnica que ocorreu na África Portuguesa ainda estão vivos e alguns dos partidos responsáveis até têm assento parlamentar. Todos estes elementos criminosos já deveriam de ter sido totalmente escorraçados da vida política nacional e os responsáveis julgados em Portugal ou então deportados para o Tribunal Penal Internacional onde enfrentariam julgamento.

Apenas compreendendo tudo isto é que os portugueses poderão compreender o fanatismo da esquerda e do regime actual em promover o mito da "revolução sem sangue" e todo o folclore ridículo que anualmente se repete nas celebrações do 25 de Abril, quando os responsáveis e co-responsáveis pela limpeza étnica dos portugueses brancos em África colocam os seus cravos encharcados de sangue inocente na lapela e celebram uma das maiores tragédias da história de Portugal e da humanidade.
Esta imunda campanha de falsificação da história e branqueamento de crimes contra a humanidade que conta com o apoio da "elite de Abril", infiltrada nas escolas, universidades, fundações e quase todos os meios de comunicação de massas, é simultâneamente um exemplo do desespero em que o actual regime se encontra. No fundo tudo isto não passa de uma gigantesca campanha de desinformação sustentada por quase toda a classe jornalística, política e universitária que continua a fazer "vista grossa" à limpeza étnica a que os brancos foram sujeitos na África Portuguesa e aos posteriores massacres da população civil negra levados a cabo pelos assim-chamados "movimentos de libertação".

Os responsáveis em Portugal e no estrangeiro por toda esta loucura genocida poderão até escapar à justiça dos homens, mas tenho a certeza absoluta de que ao julgamento da história não escaparão. Quanto aos "revolucionários de Abril", que a consciência lhes pese - e a terra que os cobrir também.

Segundo a revista "Spiegel", Mário Soares disse logo em 1974 que não hesitaria em disparar contra os portugueses brancos se estes tentassem resistir contra a limpeza étnica que lhes estava reservada pelo regime de Abril.
Uma mãe com os seus filhos, todos visivelmente desgastados e abatidos. Segundo a esquerda portuguesa, estas crianças eram "colonialistas perigosos" e por isso tiveram de ser sujeitos a uma limpeza étnica.



Um grupo de retornados ou "reaccionários fascistas" como a esquerda portuguesa os definia.



Mais um grupo de retornados, aparentemente despassarados e sem rumo. Dá para ver claramente que estas pessoas são tão "perigosas" para a humanidade que "atirá-los aos tubarões" é a única solução adequada para resolver o problema.



Outro grupo de retornados com aspecto de "vencidos da vida" após a limpeza étnica a que foram sujeitos pela esquerda portuguesa ao serviço dos "valores de Abril".



"Retornados fascistas" a dormir no chão por cortesia dos capitães de Abril.



Um milhão de refugiados do Ultramar. Isto constitui um grande motivo de orgulho para a esquerda portuguesa e os capitães revolucionários de Abril a quem só faltou ser-lhes atribuído o Prémio Estaline pelos seus serviços para com a "Pátria do Socialismo".



Duas portuguesas mulatas que também foram vítimas da limpeza étnica. A esquerda portuguesa provavelmente achou que o facto de terem a pele cor-de-café-com-leite era já demasiado branco e por isso meteu-as na lista do "gado fascista para expulsão ou abate". Ou fogem ou morrem! São ordens do camarada Brejnev!



Mais alguns "retornados reaccionários" que beneficiaram da "descolonização exemplar" promovida pela esquerda portuguesa. "É preciso partir os dentes à reacção" assim dizia o "humanista" Álvaro Cunhal.






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 João José Horta Nobre
25 de Abril de 2014