DIÁLOGOS em REDOR
de 2 SARCÓFAGOS
SÉCULOS nos separam!!
VIAGEM aos PRINCÍPIOS o SER!! da última FRONTEIRA
NÓS!!!
MONSARAZ
“Povoação acastelada e enclausurada na
sua bronzeada cerca de muralhas, dominando vastos horizontes e
lembrando, no estranho perfil, uma enorme e desmantelada nau, Monsaraz,
pelo seu evocativo poder anímico, pela transparente atmosfera de
iluminura que a envolve, é hoje um arcaico mundo perdido na fronteira
com a Espanha e oferece-se, na terra do Alentejo, como um valor
histórico, monumental e paisagístico da mais alta ressonância turística e
possuidor das mais surpreendentes visões cenográficas para atrair e
conquistar multidões.”
Sobre o Foral de Monsaraz
No dia 1 de junho de 2012 assinalam-se
500 anos desde que o rei D. Manuel I outorgou um novo foral à vila de
Monsaraz para substituir o antigo foral afonsino atribuído em 1276 por
D. Afonso III, redigido em latim bárbaro e já à época em mau estado de
conservação e de difícil leitura e interpretação pelos oficiais da
Câmara.
Este movimento reformista iniciou-se em
Maio de 1496, quando o monarca nomeou uma comissão que, durante as duas
décadas seguintes, procedeu à recolha de toda a documentação existente
no Reino – privilégios e antigos forais – reformulando-a segundo uma
certa sistematização nos chamados “Forais Novos” (ou Manuelinos). Com
esta reforma, gigantesca para a época, pretendia o rei conseguir dois
objetivos: por um lado, normalizar, tanto quanto possível, os direitos e
deveres de senhorios e foreiros de terras e, por outro, corrigir os
abusos e as adulterações com que os senhorios administravam os seus
domínios.
O Foral de Monsaraz (possivelmente uma
cópia elaborada no século XVII) é um documento em pergaminho (pele de
animal) e manuscrito com tinta escura, encadernado com uma capa de
madeira forrada a couro, ladeada pelas esferas armilares que centram o
brasão das armas reais. Sabe-se que eram feitas três cópias dos forais
deste género e assim, uma delas era a da Torre do Tombo (livro de
registo), outra a do donatário (neste caso, a Casa de Bragança) e a
terceira a da respetiva Câmara Municipal.
O exemplar que atualmente existe no
Museu de Arte Sacra, em Monsaraz, foi adquirido em junho de 1927 pelo
presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, Braz Garcia da
Costa, que o comprou por 1.500 escudos a um particular que residia em
Évora. Posteriormente, em fevereiro de 1949, o então presidente da
autarquia, José Garcia da Costa, doou-o definitivamente ao Museu
Paroquial da Igreja de Nossa Senhora da Lagoa.
Em 1804, D. João VI em Carta Régia
enviada à Câmara de Monsaraz, determina que: “Hey por bem que nessa
Villa de Monsaraz e seu termo se não possa vender vinho de fora, debaixo
das penas de contrabando, enquanto houver vinho bom da produção do
mesmo terreno, e se fizer a venda com sujeição à Almotaçaria e Posturas
dessa Câmara, e por taxa justa sem lezão dos compradores”. Apesar da
relativa importância que o plantio da vinha possuía no início do século
XIX, o monarca não se coibiu de legislar no sentido de proteger não só a
produção mas principalmente os produtores locais.
Outro episódio relata que a 17 de abril
de 1838, a Rainha D. Maria II fez publicar no Diário do Governo uma
Carta de Lei pela qual a Aldeia de Reguengos era elevada a sede de
concelho, que até aí estivera secularmente em Monsaraz. As razões para
esta súbita alteração são diversas, mas as mais preponderantes na
decisão da rainha foram as repetidas provas de fidelidade prestadas
pelos habitantes das aldeias de Reguengos a favor do trono português e
da causa da liberdade, contrapondo à lealdade da população de Monsaraz
aos ideais miguelistas, derrotados em 1834, após seis anos de guerra
civil. Por Carta de Lei de 25 de fevereiro de 1840 a posição da Aldeia
de Reguengos era novamente reforçada em relação a Monsaraz com a
elevação da povoação à categoria administrativa de vila e com a nova
denominação de Vila Nova dos Reguengos. Até 1851, data em que a sede de
concelho é definitivamente fixada em Vila Nova dos Reguengos, o centro
administrativo foi várias vezes transferido de Reguengos para Monsaraz e
vice-versa devido principalmente a pressões que os partidários das duas
vilas promoviam junto do poder central e regional.
Relativamente à lenda dos dotes de
casamento, em Monsaraz, em 11 de abril de 1587, na sala do tabelião
público e judicial, que então era Gonçalo Correia, lavrava-se uma
escritura de doação de uns animais que o vaqueiro Manuel Gonçalves
entregava a Nossa Senhora da Orada. A razão de tal oferta prendia-se com
a veneração que o “bom vaqueiro” nutria por Nossa Senhora da Orada,
“por dela ter recebido muitas mercês”. Mas a escritura estipulava ainda
outra premissa, ou seja, que o rendimento do gado vacum entregue aos
Frades Agostinhos Descalços da Orada deveria ser empregue na
constituição de dotes de casamento para as raparigas órfãs do termo de
Monsaraz. No século XX, a Câmara do concelho de Reguengos de Monsaraz
ainda inscrevia nos seus orçamentos para os anos de 1937 e 1938 uma
verba que se destinava para os dotes de casamento das donzelas de
Monsaraz. O dinheiro, esse, já não vinha da venda do gado como
estipulara Manuel Gonçalves quatro séculos antes, mas do cofre municipal
e dos contribuintes.
(PORTAL ALENTEJANO-Tudo BEM)
(PORTAL ALENTEJANO-Tudo BEM)
2012 DC-21 do MÊS do CALOR
Diário de um VIAJANTE na procura das ORIGENS-MONSARAZ!! TERRA onde o SILÊNCIO
tortura a nossa EXISTÊNCIA de uma forma avassaladora.
JORGE SANCHES CRUZ ARQUITECTO-PESSOA e ALENTEJANO
KAMINHANTE do MUNDO ,, (TB) dos sabores
Do XISTO e no TEMPO
Do XISTO e no TEMPO
Num mergulhar nas RECORDAÇÕES, partilha de EXPERIÊNCIAS , afectos e conquistas de uma vida já longa. Desde o distante ano de 1982, em que nos encontrámos pela primeira vez na RESIDÊNCIA MONTE OLIVETE para os lados do PRÍNCIPE REAL e agora, após de duas décadas de HIBERNAÇÃO, foi altura de "METER a CONVERSA em DIA" VIRTUDES do FACE BOOCK - este renascimento do "ESTAR-MOS",,ainda tem algumas coisas que não são banalidades, esta "PLANTA-FORMA DIGITAL".
Numa tarde com todos os sentidos a funcionarem e o ALQUEVA por perto, Braço de "MAR" como quem anuncia o segundo DILÚVIO, este sem "enchorada"...MONSARAZ, em SILÊNCIO observa-nos primeiro e CONVIDA-NOS depois.
O SILÊNCIO das RUAS e das PORTAS FECHADAS atormenta a EXISTÊNCIA dos SENSÍVEIS -PORTAS que se transformaram em LENDAS PERDIDAS num TEMPO,,que parece que nada nos ENSINOU...
MONSARAZ, onde cada PEDRA e cada ESQUINA têm uma HISTÓRIA perdida,,, onde espreitam os "FANTASMAS, esses que guardam a tal HISTÓRIA ABAFADA pelo SILÊNCIO e que nunca nos será contada - IMAGINADA pelos dotados na decifração do invisível nas paredes BRANCAS, dolorosamente BRANCAS de ESQUECIMENTO,,de quem VIVEU e já não VIVE.
PESSOAS que persistem em ESTAR nas imagens amarelecidas..os "VELHOS" que mais parecem nunca terem sido NOVOS.
O VELHO BARBEIRO, GESTO MUDO... no TEMPO, PARALISADO,,esperando.
O SILÊNCIO SÉPIA em cada LADO... por TODO o LADO - SIMPLES VIAJANTES (NÓS), procurando as ORIGENS,,sem nada ENCONTRAR (...mos)
-As HABITAÇÕES permanecem num TEIMOSO FECHAR de LÁBIOS!
-As HABITAÇÕES permanecem num TEIMOSO FECHAR de LÁBIOS!
Na ESCOLA PÚBLICA HOUVE em TEMPOS CRIANÇAS...
A ESCOLA PÚBLICA de MONSARAZ foi DOADA por um CIDADÃO, ANTÓNIO JUDICE
Bustoref, a quem apelidaram de FASCISTA após o 25 de ABRIL.
Foi uma Escola onde todas as classes aprenderam o a,e,i,o,u Juntas num pequeno espaço;;TUDO É PEQUENO na VILA MORTA.Tinha uma habitação anexa onde o PROFESSOR/a vivia no tempo da sua leccionação.
NÓS!!
Entre SABORES e MANIAS<<<>>>> NÓS os que "BEBEMOS a HISTÓRIA num CAMINHAR para o outro LADO ABSORVENDO ,,COMENDO a VIDA.
ENTRE o BIFE de TOURO BRAVO que caminha LIVRE pelos MONTADOS, preserva o AMBIENTE e alimenta-nos com uma CARNE ADOCICADA e TENRINHA.
NÓS!!! ENTRE o CASPACHO GELADO
O ARROZ de VEGETAIS
NÓS PROCURÁMOS a ÚLTIMA FRONTEIRA...
Histórias a não PERDER
Num MURAL REVOLUCIONÁRIO para a ÉPOCA,onde invariavelmente se pintavam cenas religiosas,,MOSTRA-SE às CLARAS que a JUSTIÇA ainda HOJE "...o É desta MANEIRA" , alguma JUSTA ,,OUTROS e MUITOS
são ainda hoje o REVERSO,,daquele JUIZ do LADO DIREITO, o do nosso braço esquerdo que só tem uma cara.
Em
Portugal, na aldeia medieval de Monsaraz, há um fresco alegórico dos
finais do século XV que representa o Bom Juiz e o Mau Juiz, o primeiro
com uma expressão grave e digna no rosto e segurando na mão a recta vara
da justiça, o segundo com duas caras e a vara da justiça quebrada. Por
não se sabe que razões, estas pinturas estiveram escondidas por um
tabique de tijolos durante séculos e só em 1958 puderam ver a luz do dia
e ser apreciadas pelos amantes da arte e da justiça. Da justiça, digo
bem, porque a lição cívica que essas antigas figuras nos transmitem é
clara e ilustrativa. Há juízes bons e justos a quem se agradece que
existam, há outros que, proclamando-se a si mesmos justos, de bons pouco
têm, e, finalmente, não são só injustos como, por outras palavras, à
luz dos mais simples critérios éticos, não são boa gente. Nunca houve uma idade de ouro para a justiça.
(José SARAMAGO )
Monsaraz é uma freguesia portuguesa do concelho de Reguengos de Monsaraz, com 88,29 km² de área e 782 habitantes (2011). Densidade: 8,9 h/km².
Antiga sede de concelho, transferida pela primeira vez em 1838 e definitivamente em 1851 para a então vila de Reguengos de Monsaraz,
hoje cidade. É importante não confundir Reguengos de Monsaraz com
Monsaraz. São duas localidades distintas separadas por cerca de 15
quilómetros.
A vila de Monsaraz foi conquistada aos mouros, em 1167, pelos homens de Geraldo Sem Pavor. O primeiro foral veio a ser concedido por D. Afonso III, em 15 de Janeiro de 1276. O castelo de Monsaraz desempenhou ao longo dos séculos o papel de sentinela do Guadiana, vigiando a fronteira com Castela. A vila chegou a administrar três freguesias: a Matriz de Santa Maria da Lagoa, Santiago e São Bartolomeu.
Foi sede do concelho até 1838
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