PLANÍCIE

Sou, na verdade, o Lobo da Estepe, como me digo tantas vezes aquele animal extraviado que não encontra abrigo nem na alegria nem alimento num mundo que lhe é estranho e incompreensível

Herman Hesse

sábado, 21 de julho de 2012

A BRUTAL INQUIETUDE do SILÊNCIO MONSARAZ



DIÁLOGOS em REDOR

de 2 SARCÓFAGOS


SÉCULOS nos separam!!


 VIAGEM aos PRINCÍPIOS o SER!! da última FRONTEIRA

NÓS!!!


MONSARAZ

“Povoação acastelada e enclausurada na sua bronzeada cerca de muralhas, dominando vastos horizontes e lembrando, no estranho perfil, uma enorme e desmantelada nau, Monsaraz, pelo seu evocativo poder anímico, pela transparente atmosfera de iluminura que a envolve, é hoje um arcaico mundo perdido na fronteira com a Espanha e oferece-se, na terra do Alentejo, como um valor histórico, monumental e paisagístico da mais alta ressonância turística e possuidor das mais surpreendentes visões cenográficas para atrair e conquistar multidões.”




Sobre o Foral de Monsaraz
No dia 1 de junho de 2012 assinalam-se 500 anos desde que o rei D. Manuel I outorgou um novo foral à vila de Monsaraz para substituir o antigo foral afonsino atribuído em 1276 por D. Afonso III, redigido em latim bárbaro e já à época em mau estado de conservação e de difícil leitura e interpretação pelos oficiais da Câmara.
Este movimento reformista iniciou-se em Maio de 1496, quando o monarca nomeou uma comissão que, durante as duas décadas seguintes, procedeu à recolha de toda a documentação existente no Reino – privilégios e antigos forais – reformulando-a segundo uma certa sistematização nos chamados “Forais Novos” (ou Manuelinos). Com esta reforma, gigantesca para a época, pretendia o rei conseguir dois objetivos: por um lado, normalizar, tanto quanto possível, os direitos e deveres de senhorios e foreiros de terras e, por outro, corrigir os abusos e as adulterações com que os senhorios administravam os seus domínios.
O Foral de Monsaraz (possivelmente uma cópia elaborada no século XVII) é um documento em pergaminho (pele de animal) e manuscrito com tinta escura, encadernado com uma capa de madeira forrada a couro, ladeada pelas esferas armilares que centram o brasão das armas reais. Sabe-se que eram feitas três cópias dos forais deste género e assim, uma delas era a da Torre do Tombo (livro de registo), outra a do donatário (neste caso, a Casa de Bragança) e a terceira a da respetiva Câmara Municipal.
O exemplar que atualmente existe no Museu de Arte Sacra, em Monsaraz, foi adquirido em junho de 1927 pelo presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, Braz Garcia da Costa, que o comprou por 1.500 escudos a um particular que residia em Évora. Posteriormente, em fevereiro de 1949, o então presidente da autarquia, José Garcia da Costa, doou-o definitivamente ao Museu Paroquial da Igreja de Nossa Senhora da Lagoa.

Em 1804, D. João VI em Carta Régia enviada à Câmara de Monsaraz, determina que: “Hey por bem que nessa Villa de Monsaraz e seu termo se não possa vender vinho de fora, debaixo das penas de contrabando, enquanto houver vinho bom da produção do mesmo terreno, e se fizer a venda com sujeição à Almotaçaria e Posturas dessa Câmara, e por taxa justa sem lezão dos compradores”. Apesar da relativa importância que o plantio da vinha possuía no início do século XIX, o monarca não se coibiu de legislar no sentido de proteger não só a produção mas principalmente os produtores locais.
Outro episódio relata que a 17 de abril de 1838, a Rainha D. Maria II fez publicar no Diário do Governo uma Carta de Lei pela qual a Aldeia de Reguengos era elevada a sede de concelho, que até aí estivera secularmente em Monsaraz. As razões para esta súbita alteração são diversas, mas as mais preponderantes na decisão da rainha foram as repetidas provas de fidelidade prestadas pelos habitantes das aldeias de Reguengos a favor do trono português e da causa da liberdade, contrapondo à lealdade da população de Monsaraz aos ideais miguelistas, derrotados em 1834, após seis anos de guerra civil. Por Carta de Lei de 25 de fevereiro de 1840 a posição da Aldeia de Reguengos era novamente reforçada em relação a Monsaraz com a elevação da povoação à categoria administrativa de vila e com a nova denominação de Vila Nova dos Reguengos. Até 1851, data em que a sede de concelho é definitivamente fixada em Vila Nova dos Reguengos, o centro administrativo foi várias vezes transferido de Reguengos para Monsaraz e vice-versa devido principalmente a pressões que os partidários das duas vilas promoviam junto do poder central e regional.
Relativamente à lenda dos dotes de casamento, em Monsaraz, em 11 de abril de 1587, na sala do tabelião público e judicial, que então era Gonçalo Correia, lavrava-se uma escritura de doação de uns animais que o vaqueiro Manuel Gonçalves entregava a Nossa Senhora da Orada. A razão de tal oferta prendia-se com a veneração que o “bom vaqueiro” nutria por Nossa Senhora da Orada, “por dela ter recebido muitas mercês”. Mas a escritura estipulava ainda outra premissa, ou seja, que o rendimento do gado vacum entregue aos Frades Agostinhos Descalços da Orada deveria ser empregue na constituição de dotes de casamento para as raparigas órfãs do termo de Monsaraz. No século XX, a Câmara do concelho de Reguengos de Monsaraz ainda inscrevia nos seus orçamentos para os anos de 1937 e 1938 uma verba que se destinava para os dotes de casamento das donzelas de Monsaraz. O dinheiro, esse, já não vinha da venda do gado como estipulara Manuel Gonçalves quatro séculos antes, mas do cofre municipal e dos contribuintes.

(PORTAL ALENTEJANO-Tudo BEM)


 2012 DC-21 do MÊS do CALOR
Diário de um VIAJANTE na procura das ORIGENS-MONSARAZ!! TERRA onde o  SILÊNCIO
tortura a nossa EXISTÊNCIA de uma forma avassaladora.

JORGE SANCHES CRUZ ARQUITECTO-PESSOA e ALENTEJANO

 
KAMINHANTE do MUNDO ,, (TB) dos sabores 

Do XISTO e no TEMPO 

Num mergulhar nas RECORDAÇÕES, partilha de EXPERIÊNCIAS , afectos e conquistas de uma vida já longa. Desde o distante ano de 1982, em que nos encontrámos pela primeira vez  na RESIDÊNCIA MONTE OLIVETE para os lados do  PRÍNCIPE REAL e agora, após de duas décadas de HIBERNAÇÃO, foi altura de "METER a CONVERSA em DIA" VIRTUDES do FACE BOOCK - este renascimento do "ESTAR-MOS",,ainda tem algumas coisas que não  são banalidades, esta "PLANTA-FORMA DIGITAL".
 Numa tarde com todos os sentidos a funcionarem e o ALQUEVA por perto, Braço de "MAR" como quem anuncia o segundo DILÚVIO, este sem "enchorada"...MONSARAZ, em SILÊNCIO observa-nos primeiro e CONVIDA-NOS depois.



O SILÊNCIO das RUAS e  das PORTAS FECHADAS atormenta a EXISTÊNCIA dos SENSÍVEIS -PORTAS que se transformaram em LENDAS PERDIDAS num TEMPO,,que parece que nada nos ENSINOU...
MONSARAZ, onde cada  PEDRA e cada ESQUINA têm uma HISTÓRIA perdida,,, onde espreitam os "FANTASMAS, esses que guardam a tal HISTÓRIA ABAFADA pelo SILÊNCIO e que nunca nos será contada - IMAGINADA pelos dotados na decifração do invisível nas paredes BRANCAS, dolorosamente BRANCAS de ESQUECIMENTO,,de quem VIVEU e já não VIVE.




PESSOAS que persistem em ESTAR nas imagens amarelecidas..os "VELHOS" que mais parecem nunca terem sido NOVOS.



 O VELHO BARBEIRO, GESTO MUDO... no TEMPO, PARALISADO,,esperando.

O SILÊNCIO SÉPIA em cada  LADO... por TODO o LADO - SIMPLES VIAJANTES (NÓS), procurando as ORIGENS,,sem nada  ENCONTRAR (...mos)
-As HABITAÇÕES permanecem num TEIMOSO FECHAR de LÁBIOS!

 




Na ESCOLA PÚBLICA HOUVE em TEMPOS CRIANÇAS...





A ESCOLA PÚBLICA de MONSARAZ foi DOADA por um CIDADÃO, ANTÓNIO JUDICE
Bustoref,  a quem apelidaram de FASCISTA após o 25 de ABRIL.  




Foi uma Escola onde todas as classes aprenderam o a,e,i,o,u  Juntas num pequeno espaço;;TUDO É PEQUENO na VILA MORTA.Tinha uma habitação anexa onde o PROFESSOR/a vivia no tempo da sua leccionação.  




NÓS!!




Entre SABORES e MANIAS<<<>>>> NÓS os que  "BEBEMOS a HISTÓRIA num CAMINHAR para o outro LADO ABSORVENDO ,,COMENDO a VIDA.
ENTRE o BIFE de TOURO BRAVO que caminha LIVRE pelos MONTADOS, preserva o AMBIENTE e alimenta-nos com uma CARNE ADOCICADA e TENRINHA.




NÓS!!! ENTRE o CASPACHO GELADO



O ARROZ de VEGETAIS


NÓS PROCURÁMOS a ÚLTIMA FRONTEIRA...



Histórias a não PERDER

 Num MURAL REVOLUCIONÁRIO para a ÉPOCA,onde invariavelmente se pintavam cenas religiosas,,MOSTRA-SE às CLARAS que a JUSTIÇA ainda  HOJE "...o É desta MANEIRA" , alguma JUSTA ,,OUTROS e MUITOS
são ainda hoje o REVERSO,,daquele JUIZ do LADO DIREITO, o do nosso braço esquerdo que só tem uma cara.




Em Portugal, na aldeia medieval de Monsaraz, há um fresco alegórico dos finais do século XV que representa o Bom Juiz e o Mau Juiz, o primeiro com uma expressão grave e digna no rosto e segurando na mão a recta vara da justiça, o segundo com duas caras e a vara da justiça quebrada. Por não se sabe que razões, estas pinturas estiveram escondidas por um tabique de tijolos durante séculos e só em 1958 puderam ver a luz do dia e ser apreciadas pelos amantes da arte e da justiça. Da justiça, digo bem, porque a lição cívica que essas antigas figuras nos transmitem é clara e ilustrativa. Há juízes bons e justos a quem se agradece que existam, há outros que, proclamando-se a si mesmos justos, de bons pouco têm, e, finalmente, não são só injustos como, por outras palavras, à luz dos mais simples critérios éticos, não são boa gente. Nunca houve uma idade de ouro para a justiça.
(José SARAMAGO )



MONSARAZ!!!!!



Monsaraz é uma freguesia portuguesa do concelho de Reguengos de Monsaraz, com 88,29 km² de área e 782 habitantes (2011). Densidade: 8,9 h/km².
Antiga sede de concelho, transferida pela primeira vez em 1838 e definitivamente em 1851 para a então vila de Reguengos de Monsaraz, hoje cidade. É importante não confundir Reguengos de Monsaraz com Monsaraz. São duas localidades distintas separadas por cerca de 15 quilómetros.
A vila de Monsaraz foi conquistada aos mouros, em 1167, pelos homens de Geraldo Sem Pavor. O primeiro foral veio a ser concedido por D. Afonso III, em 15 de Janeiro de 1276. O castelo de Monsaraz desempenhou ao longo dos séculos o papel de sentinela do Guadiana, vigiando a fronteira com Castela. A vila chegou a administrar três freguesias: a Matriz de Santa Maria da Lagoa, Santiago e São Bartolomeu.
Foi sede do concelho até 1838



 

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