A FAUNA
«Ocupámos a sala dos professores, fizemos daquele espaço o nosso espaço. Até bebemos um cafezinho sentados nas mesas dos nossos professores, e até tínhamos uma bandeira. Porém ela não agradou a toda a gente,,,, e acabou por ser "confiscada". Enfim compreendemos que nem todos nós temos o mesmo espírito. Mas é importante dizer que ainda bem que aconteceu, é um sinal que estamos a conseguir fazer exatamente o que pretendemos, uma revolta. »18/03
JOANA/FERREIRA/10º AVIS
...uma breve aproximação ao «TER OS PÉS bem ASSENTES na TERRA» (...)
Entre o desafio da normalização dos pensamentos e das atitudes, o assunto é meu mas desta vez não fui eu quem o escreveu. Apetece-me deixar para o ZÉ´SPATÊRO estas normas das memórias.
Não farei melhor, somos parecidos, como as gentes das seitas, ainda não li o livro-permanece no ALENTEJO esperando que lhe ponha as 2manáculas" em cima e os olhos de ler .
« À parte deste receio
natural dos jovens, o maior medo provinha da Guarda Nacional Republicana (GNR). Só
de se pronunciar a intenção – vou chamar a guarda – os adultos ficavam em pânico,
quanto mais os gaiatos que pouco percebiam da atuação das autoridades, mas
conheciam os relatos dos pais que já tinham tido o azar de passar pelos postos da
GNR. As patrulhas surgiam do nada, quase sempre aos pares, a pé ou montados a
cavalo e não era preciso muito para mandar parar quem quer que fosse. Bater às
portas. Interrogar sem discrição. Desancar e intimidar se fosse necessário. Os rapazes
conheciam o grito de alerta - vem aí a guarda - quando jogavam à bola no Rossio. Sem
terem ensaiado, os gaiatos sabiam que era preciso esconder a bola, galgar a parede do
Arrobas ou do Gana e correr até não poderem mais. Quem lá ficasse, tinha garantida
uma ida ao posto, a bola confiscada e os pais chamados para se responsabilizarem do
“crime de jogar à bola na via pública”. »
«As festas da Aldeia tinham terminado há mais de um mês, mas alguns dos rapazes
ainda exibiam alguns troféus, só alcance dos mais ágeis e destemidos. Estes troféus
eram resultado de uma das missões a que os garotos se dedicavam, e que consistia em
determinar onde iam cair as canas dos foguetes atirados durante os espetáculos de
pirotecnia. Podiam cair na Herdadinha, na Horta da Ratinha, na Tapada do Parente,
detrás da Casa do Povo ou na Eira do Monte da Rosada. O truque era saber de onde
eram aventados os foguetes, depois bastava seguir o rasto da cana incandescente,
calcular a queda e correr mais do que todos os outros. O momento de maior glória era
exibir a cana lisinha, bem moldada e que significava a detenção do troféu que mais
ninguém tinha. Quanto maior e mais lisinha fosse a cana, mais valiosa era. Carambolas
tinha duas ou três. C. Silvério tinha várias.»
ZÉ´SAPATÊRO, seguindo o clamor da ventania
COMO UM GRITO
OU É MESMO um GRITO, tão angustiante como a pintura de Edvard Munch. Não para a LIBERDADE, essa temo-la aos contentores, direi mesmo :-É ASFIXIANTE!
Por esse motivo a necessidade de fazer qualquer coisa em prol do pensamento. Numa ESCOLA NÃO!!, pois mas é nas escolas e nos hospitais, em tudo que é lugar e se juntam uma dúzia ou mais pessoas que organizam a batatada. A CURA, talvez não ligar nunca mais o televisor- Mas chegam-me via Internet.Não há descanso possível. Todos hoje são muito pobres, todos incluindo os médicos, os professores, os enfermeiros, os gajos das finanças , da carris , do metro, da Tap e muitos mais que andam por todo o lado esperando que a dignidade cai da casa do SENHOR.
Torna-se asfixiante e se não fosse perigosa , conseguiria conquistar a indiferença.Mas não! DESTA VEZ é mesmo perigosa esta ameaça social.FOCAR a MENTE nas memórias do passado, poderá ser a salvação do artista. O que será necessário oferecer a toda esta multidão barulhenta?(OURO? MIRRA? INCENSO?) para cada um fazer a sua parte e em silêncio. Os médicos também?!
SOCORRROOO!
A culpa é da BAZUCA... o problema será só falta de EUROS e da dignidade tão badalada ?
Gostaria de ter uma montanha de dinheiro de ouro e diamantes. Chegava-me, do tamanho da Gardunha. Vislumbra-se a sua silhueta recortada e despida para lá dos vidros da minha janela, descansa em frente esperando pelos incêndios do verão.
Observo pelo canto do olho, o cansaço que envolve a multidão, o esquecimento de verem em todas as direcções... o queimar das etapas caminhando para o desterro. Lá bem no fundo dirão:
« Valerá a pena continuar a esforçar-me
Tudo isto serve para alguma coisa(?)»
Nas
ESCOLAS e fora delas são muito evidentes estas dúvidas desgraçadas. Ao
acordar reflecti sobre a importância duma almofada no AMOR. Escrever
sobre um objecto que diariamente nos suporta o juízo, não é para
todos.Mas escrevi, e fiz dela a rainha dos meus sonhos.
Vieram-me ao pensamento muitas histórias como a contada pelo Zé, e também os rostos de quem connosco por décadas ombreou .
Quase ninguém(!) os últimos são os da minha geração, a recordarem-se destas personagens ímpares que desaparecerão quando partirmos.
O Zé Pato e o irmão Radares nas suas viagens
para Pardais (16 Km? para lá outros 16 para
cá), que fizesse chuva ou sol, eles todas as
manhãs pelas sete e pouco pedalavam
procurando a vida.Nas perigosas pedreiras do
mármore rosa.
(nunca lhes vi semblantes cansados, muito
menos derrotados. O salário chegava para a
sopa e uns tarecos).
Alguém hoje sabe quem foi (ou é ) o STÉRIO??!
Eu sei e também me recordo da dama que tinha à sua espera (com um filho nos braços), sentada no pontão da esquina que dá para a Casa do Povo. O São Mateus de Elvas tinha terminado e nós na Fonte das Bicas esperávamos a "PROCISSÃO" da chegada da festa dos oito dias em acampamento de ciganos. "SAMATEUS". Nesse tempo como agora seria perigoso ter uma em Lisboa e outra na terra. FIRME e HIRTA mais o BEBÉ esperavam pelo S´tério, pai do gaiato.
E o que fazer da filha da Carolina ?...a namorada da terra.
Mas estes foram outros tempos, também pedalei(com o Silva das Tapadas) centenas de km naqueles meses de férias a caminho da casa em construção de um tal Morais , gerente de um banco para as bandas da capital.Casa de campo, 6 km para lá da Albufeira de Borba. São histórias hoje...que se transformam aos poucos em lendas, esquecidas.
Se
falasse nas azeitonadas da Madeirinha, teria muito que dizer-
"PELAGRILOS", as manhãs invernosas, o lume feito com rebentos das
oliveiras e a meia dúzia de sardinhas penduradas pelos olhos de uma vara
bem afiada. O chapéu molhado que me pintou a pele de castanho, as
tintas eram fracas naqueles tempos, não existiam aditivos poluidores.
Construiram-me
todos estes acontecimentos (PATIFES)e a todos os outros que comigo
partilharam os dias.Por isso o respeitinho (sagrado) pela sorte,,, que
fiz para ter.E por quem nos ensinou.
O TRIBUTO MERECIDO:AOS IDOSOS E A SUA
SABEDORIA. AOS JOVENS E A SUA NECESSIDADE DE
CONQUISTAREM ESSA MESMA SABEDORIA E O
TRABALHO QUE ME FAZ POR MOMENTOS ESQUECER QUE
A VIDA É FINITA E QUANDO CONQUISTÁMOS
TUDO...PARTIMOS SEM NADA.
Se eu tivesse uma montanha de dinheiro, faria de todas estas classes multimilionárias. Mas pediria em troca meia dúzia de anos em silêncio. Que deixassem só para mim o desabrochar das primeiras folhas nas Roseiras. O subtil odor das flores do vaso grande espalhadas por toda a Quinta- aos quais chamo «FLORES da PRIMAVERA», (...aguentam-se abertas por 1 mês, verdade, 30 dias pelo menos).
Quereria também em troca dos montes de dinheiro que continuasse a usufruir da paciência, para NÃO ME ESQUECER que para se comerem tomates no Verão quente, teremos que esperar quase 5 meses. Quero também os ventos fortes, as brisas do final da tarde...o som da água corrente e o cantar do Rouxinol. Ofereceria a montanha dos milhões em troca de tudo isto a estas classes revolucionárias e inquietas. Seriam felizes para sempre;com as suas viagens de férias várias vezes no mesmo ano.
E
o lazer destruidor dos ecossistemas em troca do seu esforço nas lutas
proletárias em defesa da sua segurança material, e dos seus.
Elas e eles (DOUTORES-ENGENHEIROS-
ENFERMEIROS-PILOTOS-MOTORISTAS-actores-
solicitadores-vendedores de castanhas-
REFORMADOS-políticos em crise sistemática-
PROFESSORES destacados e os que trabalham do
outro lado da rua- e mais que lhes queiram
juntar.)
Todos ficariam só com o dinheiro e o
respeito que ele acarreta.
EU contentar-me-ia com o silêncio espiritual cavando o batatal.
NA ESCOLA!!!!?
Na ESCOLA NÃO!!
Por favor, na ESCOLA NÃO!!!
Fauna existiu como um GRITO de SOCORRO.
Na ESCOLA NÃO!!
ELA é...dos alunos.E eles são o FUTURO, se ainda existir FUTURO, depois disto.
Os Jovens Mágicos - Uma Fábula Breve
A Arte corresponde aos estados de vigor animal. Por um lado, é o excesso de uma constituição
florescente que se desentranha no mundo das imagens e dos desejos; por outro, é a excitação
das funções animais mediante as imagens e os desejos de uma vida intensificada, uma
sobrevalorização do sentimento da vida e um estimulante desta"
(Nietzsche in "O Nascimento da Tragédia").
FAUNA – Ato I - VIGOR ANIMAL/EXCESSO
Cantaram a cantiga do Infinito numa capoeira,
sem esperar que lhes abrissem a porta:
Sabes que neste mundo
Não há homens perfeitos
Nem mesmo os muito contentes consigo próprios
Em plena surtida com os seus camaradas libertários,
acenderam fogos
e formaram cortejo em direção à Lua
uma vez que ali
bem no centro da possibilidade do soco sumário
Ninguém lhes deu perdão.
FAUNA – Ato II - IMAGENS/DESEJOS
Um discurso político
Mas de índole pessoal
Que reflita a visão
do mundo de quem cria
um discurso artístico
uma linha comunicante
um traço que una o olhar
ao coração das coisas
Os dados estão lançados à procura da sétima face: o olhar do outro.
FAUNA – Ato III - VIDA INTENSIFICADA
Fecha-se o círculo: Vontade
Necessidade Dependência Perdição
O pomo vermelho da nossa tentação
Encontrámos a rima, não ainda a solução.
P.S: esta pequena fábula faz-se de versos roubados aos senhores poetas Fernando Pessoa, Mário Cesariny, Carlos
Drummond de Andrade, Júlio Miguel e Lêninha.
OUTRO MODO DE CANTAR AS COUSAS
A PARTIR DO FIM
RUMO AO PRINCÍPIO
3. SÃO ROSAS, SENHOR, SÃO ROSAS
a fauna das artes
De plumagem vistosa
mas rendidos à gravidade da circunstância
(que lhes pesava nos ombros e na parte de trás da alma)
invadiram um espaço onde não se passaria coisa nenhuma
para chamar a atenção para um espaço – outro
como se não fosse nada porque nunca é nada afinal
regras para o convívio no parque humano
O observador pode perguntar à obra: o que me queres tu dizer?
Mais digo, a obra deve responder: o que te posso eu dizer?
Não deixem que o artista estrague esse encontro
Nem, já agora, que o promova.
cantata para a trivialidade semântica
Camões, que salvou a pátria a nado
É hoje o nosso parasita sagrado
o fim da fauna e o princípio do mundo
as maçãs repousando
sob o olhar atento da cobra
já só falta humanidade
2. PENSAR EM TODOS OS LADOS DA CAIXA
como explicar arte a uma lebre morta
o artista animal
visita a jaula
do artista institucional
que lhe rosna de cima
o sonho europeu
a exposição reflete
as tendências da arte
desde o pós-II Guerra Mundial
até à atualidade,
incluindo obras
de artistas portugueses
e estrangeiros,
históricos e contemporâneos,
consagrados e jovens
Nota: “e” é uma conjunção copulativa que une ou liga uma coisa a outra
em não se tratando de inconstitucionalidades.
o método sem discurso
pelos cantos
pelo chão
pelos bancos
como se tudo fosse
E fosse agora
E fosse deles
Contornando
onde os outros
traçam fronteiras
1. JÚLIO MIGUEL E LÊNINHA
porque no peito dos desafinados
não consta do cânone
das mais belas
músicas para coro
e a afinação não foi
definitivamente
a mais adequada
a acústica da sala
não era a melhor
o eco
o eco
o eco
e os olhares de pedra
filosofia de massas
o que não
se pode dizer
deve-se calar,
já dizia o Ludwig
a banda a passar
a banda desanda
a banda desbunda
regressa ao éden
sem pressa nenhuma
a banda a andar
para longe do bando
que nem via a banda
passar
a banda
passa
PODENDO SERVIR DE POSFÁCIO
intro, meditação e cappuccino
na estação das camionetas há
uma máquina de café
múltiplas ofertas descritas
por palavras ao lado de
um botão redondo
eu sou da geração que
carrega nas palavras
tempus fugit a toda a brida
a perícia não é eterna
só vale a pena ser poeta
enquanto modo de vida
o demais, nem por acréscimo
metafísica do umbigo
vem aí o Fim do Mundo
não sei se vale a pena
engraxar as botas
dress code
a arte não é um par de meias
não lhe peçam que seja confortável
inventário breve de coisas que ficarão
1. o ato
2. a forma
3. o fogo
4. a cinza
5. o confronto
6. o desconforto
7. um sorriso quebrando o gelo
8. o caminho a fazer-se
9. a pedra no meio do caminho
10. o ir
11. o voltar
12. a nossa ideia de mar
13. o som do obturador
14. uma mão sobre o ombro
15. a corda
16. a caixa
17. o azul de onde vêm
18. o azul para onde vão
19. o chão
20. o círculo que se fecha
21. uma maçã tentadora
(JF-Jorge Ferreira)
FAUNA///
COMO SE NÃO FOSSE NADA
Fevereiro/Março 2023
O que me suscitou toda esta Fauna torna-se algo tão estrondoso que quase parece passar como se nada fosse, nesta reflexão de “outro dia”. A 23A não é local de almoços grátis, nem maluquinhos ou muito menos coincidências… mas é engraçado fazê-los acreditar nisso.
Partimos de uma chouriçada, fogareiro em pleno corredor. De um “apita o comboio” que pouco apitou, escola adentro, saiu a faísca, o desejo de Liberdade, de fuga às “grades da prisão”. Foi a preparação para o grande voo: e a Doc. AMADA nossa querida D descia do seu covil, bebia e comia à grande, e sorria…c Seguimos voo até dia 14 e eu, bruxa, aproveitando a deixa de que poderia usar ou ser aquilo que nunca tive coragem (ainda que o tivesse, como boa aprendiz de mestres diabólicos e bruxa que sou), vejo no armário do meu querido pai um FODASSS luminoso, completamente alheia à revolução que faria com essa escolha, que me deixa agora num estado febril, quase êxtase, pela sua (NÃO) coincidência. Começamos a revolução, esta guerra de flores, fadas e iemanjá!! Para os ceguetas, nada mais foi que um professor maluco e um bando de putos rebeldes a cometer um grande crime: fumar na sala dos professores. Mal sabem eles que esse prof e esses putos nada mais querem que amor, liberdade e respeito dentro de uma escola, num mundo, que se diz “de artistas” e ainda acha que passamos o tempo a pintar livrinhos de colorir, arco-íris e praias com cabanas, e ficamos felizes com festinhas na cabeça. E sim, precisamos de chegar a esses níveis! Procurámos esse amor e respeito com amor e respeito. Gritamos como reclusos na expectativa de que, no fundo da prisão, a surdez que cobre tal mundo nos ouça, nas grades Invadimos o museu, levámos, respiramos e de lá retiramos tudo o que realmente nos move: a loucura e a anarquia da arte, onde o amor perdura nesta sociedade onde já é pouca a esperança num amanhã justo e livre, onde “ser” volte mesmo a SER E FODASSSS. Não importa se numa tela de milhões ou numa caixa de sapatos que de lixo levamos ao luxo, com inspiração numa exposição que assim o pedia.
Mas a DOC AMADA nossa queridaD já não se atrevia a sorrir… Nós, os maus da fita, cumprimos o nosso castigo. Fez-nos apagar o nosso cigarrinho mas nunca a chama que o acendeu, e como bons meninos que somos, ou que aparentamos ser, aterramos no grande dia: a fauna em si (ou, na verdade, a preparação para ela, mal sabe a nossa querida diretora). O esplendor da revolução, a cereja no topo do bolo, ou melhor dizendo, a maçã. O fruto proibido para muitos, apetecido para outros tantos e a fonte motora de todos nós. O caos, a beleza e acima de tudo o amor… ao que somos, como o somos sem que nos falte o FODASSS. A liberdade! A minha, a do outro, a irmandade e a compaixão que tanta falta fazem neste mundo, nesta caixa quadrada e cinza de grandes egos, senhores de seu umbigo, de guerra e miséria. Onde todos somos números, dezenas, milhares, milhões, e, num click, não somos nada.
Este é o lema que levamos por bandeira, seja com ela confiscada ou não. Fomos em busca de revolução e conseguimo-la, nesta guerra de flores que muita dor de cabeça dá a uns e a muitos outros transforma… E assim, com todo o amor do mundo, continuaremos a ser os maus da fita.
Afinal “DO RIO QUE TUDO ARRASTA/ SE DIZ QUE É VIOLENTO/ MAS NINGUÉM DIZ VIOLENTAS/ AS MARGENS QUE O COMPRIMEM”
No que toca à bruxa bela, acabo esta reflexão como a comecei: emocionada por tudo o que me foi proporcionado viver, pela aprendizagem que levo a cada plano de voo neste habitat dos deuses, com vontade de seguir e revolucionar cada vez mais, sem nunca me permitir a qualquer tipo de estagnação ou preconceito porque tudo em mim quer voar e espero que nunca me faltem asas para isso, tal como as rosas voam nesta revolução. Orgulho-me ainda mais pela sorte que tenho em poder fazê-lo com quem faço, com o querido e diabólico mestre de voo, Espadanal, minha santa sanita; o genial prof.Jorge e os amores que fazem deste 12º, o ano da minha vida.
E do meu silêncio gritante me despeço, como se não fosse nada, só não me macem a minha forma de revolução!
AMOR, AMOR E MAIS AMOR… FO DA SE,
Bruxa 💋💋💋💢💪💓😈
acabou
mas o olhar da bruxa bela diz que ainda é só o começo
FAUNA///
COMO SE NÃO FOSSE NADA
FAUNA///
COMO SE NÃO FOSSE NADA
perfeição em todos os sentidos possíveis e imaginários.
FAUNA... como é possível haver TANTA UNIÃO entre alunos; amigos; conhecidos; professor;
adultos, como é possível?
Tantos corações a explodir de amor, de paixão, de sorrisos, de memórias e lembranças
que nos irá meter um sorriso giganteeeee no rosto cada vez que nos lembramos destas
“pequenas atividades” que se tornam parte dos nossos corações! São atividades quando
falamos delas, enquanto ainda não foram concretizadas damos o mero nome de atividades,
mas depois de serem realizadas passam a ser o PRESENTE passado que iremos recordar.
FAUNA¡¡¡¡¡ 5 mistérios por desvendar! Só 5 ? Tudo é um mistérios na mente do MESTRE
Álvaro Espadanal! Neste percurso encontramos milhares de mistérios, mas quais são
selecionados os mais importantes na aprendizagem que o mestre nos quer transmitir
????? Isto sim é algo que nos faz pensar, puxar pela cabeça de forma a pouco e pouco
entrarmos na mente do mestre!
Tudo começa com a chouriçada “ apita o comboio ” momento lindo realizado por tantos alunos, no entanto, o que
deveríamos ter feito era entrar na sala dos profsss e não o chegamos a fazer! Não o chegamos a fazer nem nesse
dia, nem noutro qualquer! Éramos para repetir nesta última atividade, mas sinceramente acho que não o fizemos
porque se não foi feito no momento certo, não será um momento onde vamos querer fazer aquilo que deveria ser
feito naquele dia ! Naquele momento! Que irá ter impacto, só teria se o fizéssemos no dia e hora certa! Tal como
tudo o resto nesta vida...
Dia lindo esse! Até a nossa amada doc D colaborou e bebeu o seu copo de vinho e comeu o chouriço. Poucas vezes isso
aconteceu e acontecerá! Reforçando GRAVE !! GRAVÍSSIMO que não era nada menos, nada mais a finalidade a rota do
caminho que a DK estava a percorrer, a rota para a SALA 23A. Essas palavras definem não só esse dia como
também a NOSSO mundo a 23A. Magnífico a junção de posses de poder unidas naquela sala, e nós alunos a
nossa força unida numa só canção ! O FILHO DO RECLUSO !
gritar e berrar para que a nossa vós de união seja ouvida por aqueles que só se preocupam que a ganância! Pois a
vida não é só isso!! Transmitimos isso apenas com as nossas cordas vocais... “o meu pai está preso nas grades da
prisão” tal como “nós estamos presos nas grades de uma escola “ onde só se preocupam com o ordenado ao final do
mês! E o que se pode fazer numa sala de aula ? O que se pode fazer com uma sala cheia de alunos ? O que se pode
ensinar realmente importante para a nossa vida ? Vi uma vez na vida isso !! E essa vez aconteceu este ano! A
partir do momento que comecei a ter aulas na 23A com o mestre Espadanal! Essa foi a primeira vez que não me senti
nas grades da prisão de uma escola!
Aprendi que há esperanças de que isso continue acontecer com vários alunos, aprendi coisas inesquecíveis nestes
últimos meses ! “ O QUE O DESTINO UNIU, NINGUÉM SEPARA “
Que estes dias repletos de felicidade para nós passem a ser um exemplo na vida daqueles “escravos” do dinheiro e
não dá felicidade !!!!
Meras Caixas ? Não !
Caixas onde estão desenhadas uma composição de nós mesmos ! Através das obras que observamos, gostamos e nos
identificamos!
Tal como está representado o nosso ser interior a partir de códigos, estava também representado na roupa,
maquilhagem, performance que fizemos nesse mesmo dia!
Arrasar com a escola inteira, principalmente sala dos profs. poucos entendem a mensagem. “Cigarros” fumados naquela
sala, todos sem perceber que era uma performance! Todo um cenário que deveria ser filmado e publicado para todos.
Se isto não é caminhar em frente e FODASS as consequências! Então não sei o que é ! Caraças pah que beleza, alinhar
em tudo o que é proposto pelo mestre! Seguimos ordem e nada mais! Pensamos nós como mecanismo de defesa ! Até parece
que não somos os primeiros a mergulhar nestas aventuras!!!
E mais uma vez ! FILHO DO RECLUSO ! Foi cantado, gritado, ouvidos por mais de metade daqueles professores, daquela
escola! Com isto conseguimos perceber que quantas mais são feitas ! Mais pessoas nos ouvem, eeee qualquer dia é a
escola inteira !
EPAH dia maravilhoso esse! A foto da camisola FODASS a primeira, segunda, terceira e xxx tentativas foi um “escalar”
a perfeição, no entanto, nada mais, nada menos como a perfeição da primeira foto, o momento repentino!!
Dia lindo foi também a junção de emoção, de drama, de amor, de ódio exposto através das fotos publicadas no
Classroom. Momentos de aprendizagem para o resto da nossa vida, ligação de ::::
aluno-professor=beldade
Porra aula espetacular, conhecemos cada vez mais de o nosso prof e o prof cada vez mais dos seus alunos, e é tão
maravilhoso isso! Aulas nunca esquecidas e sim relembradas de uma forma benéfica da vida de todos nós !!!!! 23A O
CÚMULO DA IMPERFEIÇÃO TORNADA PERFEIÇÃO!
um mês depois da primeira origem da “FAUNA”, realização da inauguração da exposição do átrio, todo um
pensamento formado na origem daquela composição bela das variadas caixas a reproduzir mais uma vez a
união de elementos completamente diferentes e belos a representar cada um de nós, das fotos todas a
reproduzir a união mais uma vez de todos os alunos belos desde o início da fauna, a obra de arte.. o
quadro “ FAUNA” tanta historia numa imagem só! A caveira sobreposta em carvão, onde lateralmente
estavam duas pistolas, onde numa delas estava a lançar cigarros a simbolizar a atividade de dia 14,
predominado a caveira, demostrando a “ morte “ o encerramento da FAUNA, para não falar na foto
inserida a levitar destacando a seguinte frase "não me macem a minha forma de revolução" frase onde
todos nós nos identificamos e aplicamos, onde centrada está a nossa bruxa bela, inspiração de isto é
muito mais, a misteriosa bruxa, onde um dia vamos descobrir o interior dela! Tal como um dia vamos
descobrir o seu !
Maçãs ? O fruto proibido é sempre o mais apetecido .. e mais não digo!
Aqui está sinceramente muito resumidamente do que é isto, a FAUNA, os 5 mistérios encontram-se
misturados misteriosamente ao logo deste texto! Que não seja só os mistérios em eu descobri-los, mas
sim também ao mestre encontrá-los organizados neste capítulo que encerra aqui.....
ADRI JÉSSICA👆👐💖💖💖💖💣💛
Ruben Alves | 💚💙💘💥💨 |
FAUNA
No dia 14 de fevereiro de 2023, fizemos revolução. Uma frase curta resumindo aquilo que fizemos, dentro e fora da escola, porque as quatro paredes da 23A não foram suficientes para a nossa arte, não desta vez. Revolucionamos reutilizando caixas que provavelmente iriam para o lixo, com o intuito de transformar algo tão banal em uma forma de expressão. Para colocar um pouco de cada um de nós, a nossa identidade naquela caixa de cartão. Revolucionar. Ir fazer uma visita ao CCCB e respirar, absorver a arte. Estas atividades dinâmicas organizadas não são apenas visitas de estudo. Não nos limitamos em apenas observar as obras, nós colocamos nas nossas caixas um pouco de cada pintura, cada ideia. Nos reunimos, convivemos uns com os outros, com sorrisos ou expressões que demonstravam a alegria em ali estar, em fazer história. Todos nós, com nossas diferenças, unidos pela arte e pela revolução, pela esperança de um futuro com mais amor e rosas vermelhas. E porque não se “aprende” desenho, e não se “aprende” arte em salas fechadas iluminadas por luz artificial. Nós vivemos a arte, dentro e fora de salas, em museus, em exposições, ao ar livre, nas ruas da cidade… Limitamo-nos em desenhar e pintar em caixas de cartão desta vez, e fazer a nossa exposição no átrio da escola, onde há juventude, novas ideias e perspectivas, nos dando liberdade de pensar, criar e dizer o que não é possível apenas com palavras. Afinal, somos todos meros seres humanos, e estamos sempre em busca de nos expressar. E há melhor maneira que esta? Expressar a arte, sem barreiras, sem substâncias, sem regras do que é certo ou errado. Somos apenas amantes da arte, fazendo o que fazemos todos os dias, quando pegamos em um lápis ou não: uma revolução, uma história, e deixamos a nossa marca, com a maçã no topo!
Mariana Mantesso💓💓💓💓💓💓💥💋
FAUNA
Os próprios animais no seu habitat natural e na sua verdadeira forma, durante a atividade
fomos rei leão pela coragem, fomos camaleão pela adaptação à ideia, para alguns macacos
de circo, mas na realidade fomos o pior animal de todos, o ARTISTA!
Caixas, caixotes, caixinhas...
Mãe: “Mas porque raio guardas tanto lixo?”
Lixo??? Que lixoo? É arte mãe!
Mãe:”Como assim arte?”
É a essência do artista, só se torna lixo aos olhos dos comuns mortais, isto é arte,
revolução, transformação, é mostrar que tudo é possível, é veres um caminho que todos
dizem ser sem saída, mas conseguires encontrar a sua continuação.
Uma atividade, tanta história, tantos sorrisos, tanta luta, tanta criatividade, tanta união,
tantos GOSTOSOS.
Diversão, dedicação, adesão, LIBERDADE, mas pouca (já que a nossa bandeira foi
confiscada à força).
Não entendo qual o problema de um belo FO DA SE o “ser malcriado não está nas palavras
está nas atitudes” como diz Fernando Rocha: https://vm.tiktok.com/ZMY5oxhTr/
Não importa se a palavra é MAÇÃ o que importa é a atitude ser FLOR!
(não importa a palavra ser pecado se a ação foi boa)
OPRESSÃO? SEM DIREITO A ROSA
Einstein dizia que "A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho
original" o que em oposição nos leva afirmar que uma mente fechada jamais se abrirá a
novas ideias!
É a diferença entre quem respira Arte e quem não faz falta em nenhuma pArte!
CORAGEM
“Os de artes são todos malucos! Olha como vêm para a escola!” Diz um gajo ou uma gaja
que não passam de fotocópia uns dos outros, e que nunca terão BOLAS de ser quem
realmente são.
Uma caixa, para alguns não encaixa, só faz sentido para quem consegue pensar fora da
caixa!
Paixão!!!💙💋💋💋💋💋!...
"Lá vêm os artistas"; "Lá vêm estes doidos" pensamentos apenas pensados e talvez até mesmo comentados pelos corredores e afins da escola nestes últimos dias, semanas..... e que assim continuará por muitas outras eternidades!!
Todo este evento.. atividade.... revolução(!!!!!) teve como início a chouriçada. Os curiosos são puxados pelo cheiro que percorre os corredores e por toda aquela agitação e animação que acontece na famosa 23A. Uma espreitadela aqui outra ali (alguns com coragem suficiente para entrarem e encararem estes "seres estranhos" a que chamam de artistas) e no meio disto tudo a nossa querida diretora desce as escadas (GRAVEEE) e acredito que o pensamento predominante tenha sido "mas que raio estes artistas andam a tramar agora????". Claro que rapidamente se contentou com o seu copo de vinho e um bocado de chouriço, mal sabia ela o que estava para vir.... e ainda virá!!!!! (GRAVÍSSIMOOFoi, finalmente, cantado o nosso grande hino para mais uma vez, tentarmos ser ouvidos por todos aqueles que por ali passavam.
Uma semana depois, foi continuada esta revolução. Foi realizada uma performance na sala dos professores que para qualquer um dos comuns mortais achará que tudo aquilo fora completamente ridículo, onde já se viu alunos a entrarem na sala dos profs e simplesmente começarem a fumar (como se não fosse nada!!!!). A nossa amada diretora ataca mais uma vez repetindo-se para apagar os cigarros e nós, presos nas grades desta prisão, assim obedecemos. É terminada essa visita, à sala dos profs com o hino sempre de cabeças erguidas. O dia não ficou por aí, fizemos uma visita ao CCCCB mas não foi uma visita de estudo banal ou algo do gênero. Foi muito mais que isso!! Onde todos nós iremos guardar recordações e memórias desse dia tão memorável.
Mais alguns dias depois, a fauna chega ao seu fim onde é feita uma instalação com todas as caixas onde essas apresentam um bocado dessas memórias de cada um que as realizou. Todos muito bem arranjados, Vestidos de gala e fatos formais desviando o foco de que todos nós temos tentações e pecados. E para quê lutar contra tudo isso se uma maçã tentadora é tão saborosa??!
Termino esta reflexão agradecendo ao nosso grande mestre Álvaro Espadanal que nos proporciona a estas atividades revolucionárias que nos permitem explodir e abrir como flores nesta grande guerra.
Caty Matrix💛💟💟💟💟💪👆!
Bem prof eu ainda não lhe mandei nada de reflexão pois não tinha palavras para explicar estes maravilhosos momentos não tinha e ainda não tenho mas tenho que dizer o espectáculo que aconteceu desde a nossa ida ao cccb até à grande revelação do trabalho, foi algo que nos inspirou a todos até os que não compartilham a nossa loucura como artistas alinharam na participação, esta viagem de “comboio” que percorremos desde a sala de professores, para alguns foi um abre olhos, para outros algo que precisa de explicação para se entender e para outros mais uma das meras loucuras dos de artes, mas para nós enquanto artistas foi uma maneira de nos fazermos ouvir e nos compreenderem. O nosso esforço tinha de ser recompensado e estes personagens tinham de entender que os artistas são quem dão vida à escola. A nossa exposição vai ao encontro do vício e da tentação do descarrilar e da beleza pura ( as fotos), o talento é tanto que até faz um carro, cair a nossa bruxa apresenta nos o fo da s.e
Como uma maneira de disfarçadamente mandar todos estes que não sabem apreciar e estragam o trabalho e o conhecimento que queremos dar a mer*a e não só apresenta a fauna como os vícios daqueles que tentam entender o que é viver, os vícios todos nos dizem para evitarmos e para nos afastarmos mas que a primeira oportunidade nos entraram para as mãos como uma escapatória ao mundo real. As nossas maçãs postas no seu altar de divindade tem como propósito reforçar a ideia de aquilo que nos é proibido ser aquilo que nos é mais apetecido, ou seja, o vício do que não nos é permitido, do que nos é dito como algo que nos faz mal, algo que é tão maldoso que chega a ter de ser proibido, tal como fumar numa sala dos professores, ou andar com uma camisola que não tem nada de mal apenas uma afirmação de estilo mas que foi confiscada.
Tirada a força, sendo uma escola de artes que priva osartistas de se expressarem e de gritarem o que lhes vai na alma e no coração, não entendo como um espaço como este pode ser chamado de "escola de artes", não nos sabem receber nem dar atenção e não nos dão o devido valor, querem controlar-nos e acabam por extinguir os artistas... Será essa a arte para eles? Matar- nos, calar- nos e deixar- nos à deriva? Nem os alunos se sentem mais abraçados por esta escola, vem para cá de um sítio longe e deixam nos aqui perdidos por milhares de corredores a deriva e sem remos, como poderemos nós salvar estes que ninguém se responsabiliza por ajudar? Onde anda a escola que eu a muito conheci não entendo como algo tão fútil é ignorado ,como algo tão belo é deixado sem qualquer informação e atenção esta escola está a perder se aos poucos e fauna que nós queremos que vejam e reflitam será suficiente, não sei, mas sei que o impacto que deixou e ainda está a deixar nas pessoas foi extraordinário e que tudo o que ali fizemos ajudou para unir um pouco mais as nossas diferenças viver em harmonia e mostrou se sim um Olimpo na escola o nosso Olimpo
Bruna-👆❤👄💘💖
(Joana 10ºAvis)
Foi um dia incrível, foram trabalhos incríveis e experiências incríveis também!
FAUNA(alunos 10º11º12ºavis) AGRADECE a:
JF-PIO-KK-PELEJA e Directora Laurinda.
WAR FLOWERS PROJECT-023