PLANÍCIE

Sou, na verdade, o Lobo da Estepe, como me digo tantas vezes aquele animal extraviado que não encontra abrigo nem na alegria nem alimento num mundo que lhe é estranho e incompreensível

Herman Hesse

domingo, 25 de outubro de 2015

FLORES para o SENHOR JOSÉ




FINO>MENUS NUM CINEMA PERTO de SI

DO ENTRONCAMENTO

com 




HU... AMOR
Ilustração  Alice Geirinhas




FENÓMENOS do ENTRONCAMENTO

















Num CINEMA PERTO de SI
O DUELO
 O DUELO





SÍNDROMA do PINÓQUIO

1# Necessidade de atenção (...é o caso)
Há pessoas que precisam ser o centro das atenções onde quer que estejam. A fim de manter sua popularidade em alta, logo começam a construir uma imagem de si através de mentiras mais leves. Essas mentiras rapidamente se tornam parte de suas personalidades.
 

2# Contador de histórias (...é o caso)
Eles precisam sentir-se superiores aos demais e, para isso, contam histórias de sua bravura, popularidade e grandes feitos. Eles compõem grandes histórias sobre si mesmos, mas correm o risco de perder seu encanto quando a verdade vem a tona. Sabe aquela história de pescador?
 

3# Esconder-se ( ...não é o caso)
Quando um mentiroso compulsivo fica preso a sua teia de mentiras, irá inventar outra história sobre como é falsamente incriminado, escusando-se de qualquer culpa ou responsabilidade.
 

4# Mesma história, personagens diferentes (...talvez seja)
Para manter sua “vida grandiosa” aos olhos dos outros, têm de adotar o plágio como uma parte integrante do seu comportamento. Ao contar uma mentira após a outra, podem não perceber que disseram a mesma mentira pra a mesma pessoa mais de uma vez. Cada vez que se conta a mesma mentira, o conceito básico irá permanecer, sendo apenas os personagens, local e data da ocorrência mudados.
 

5# Baixa auto-estima (...nada disso!)

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Baixa auto-estima é uma das principais razões que os torna mentirosos compulsivos. Um complexo de inferioridade impulsiona a pessoa a inventar histórias, o que o faz pensar que é mais importante e apreciado.
 

6# Déficit de Atenção e Hiperatividade (DDA)
Este é um caso mais comum em crianças, mas há também adultos com DDA que sofrem de um temperamento impulsivo e com isso exibem sintomas de mentirosos compulsivos.
 

7# Transtorno Bipolar
Pessoas que possuem o diagnóstico de transtorno bipolar sofrem com mudanças drásticas de humor que oscilam entre a depressão e grande agitação (comportamento maníaco). Durante o período maníaco, seu comportamento impulsivo abre caminho e isso, por vezes, os obriga a mentir.
 

8# Dependências
Pessoas dependentes de drogas e jogos, frequentemente apresentam estes sintomas. Eles podem mentir para escapar de situações difíceis, sair de problemas financeiros ou esconder a verdade sobre si da família e amigos.
 
9# Negação da realidade ( ...é mesmo o caso)
Pessoas que são incapazes de enfrentar a verdade, ou estão vivendo em negação da realidade são verdadeiros mentirosos compulsivos. Eles podem começar um jogo emocional elaborado que leva a atenção deles e dos outros para longe da realidade em que vivem.
Aposto que lendo este texto já diagnosticou aquele seu amigo falastrão, sua sogra, ou até mesmo você como mentiroso compulsivo não é mesmo? Quem não gosta de aumentar um ponto naquele conto?
Deixando de lado as mentiras (quase) inofensivas que os homens contam, o diagnóstico dessa patologia deve ser minuciosa e atentamente realizado. A mentira patológica acomete pessoas com transtornos de personalidade narcisista, histriônica (excesso de emotividade e busca de atenção) e anti-social.
Essas características são notadas a partir de observações criteriosas, e quando tratadas prematuramente, diminuem o risco de evolução da doença.
Patrícia vaz 




 


Verdade, Mentira, Certeza, Incerteza

Verdade, mentira, certeza, incerteza...
Aquele cego ali na estrada também conhece estas palavras.
Estou sentado num degrau alto e tenho as mãos apertadas
Sobre o mais alto dos joelhos cruzados.
Bem: verdade, mentira, certeza, incerteza o que são?
O cego pára na estrada,
Desliguei as mãos de cima do joelho
Verdade mentira, certeza, incerteza são as mesmas?

Qualquer cousa mudou numa parte da realidade — os meus joelhos
                                  e as minhas mãos.

Qual é a ciência que tem conhecimento para i
sto?
O cego continua o seu caminho e eu não faço mais gestos.
Já não é a mesma hora, nem a mesma gente, nem nada igual.
Ser real é isto.


Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"
Heterónimo de Fernando Pessoa 





ABRAÇOS-BEIJINHOS - FLORES



TANTOS!!! TANTOS!!!!



PARA o  SANTO 
 Senhor José 
da COVILHÃ
* Imagens
Wehavekaosinthegarden 
e
Bright MOON 

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

O TRISTE SORRISO do PALHAÇO



No offense CLOWN

TRADUZIDO quase á LETRA
Não OFENDAM o PALHAÇO

PAPAGAIOS...

Por SI SÓ estas imagens, assim como a REAL IMAGEM do HOMEM PALHAÇO, estão REPLECTAS de SIMBOLISMO. O RETRATO não ASSUMIDO de nós mesmos.
São ainda HOJE uma ARMA de ARREMESSO, assim como dantes, querer ofender alguém e chamar-lhe :
-PALHAÇO!!!!! OU palhaços.
Com toda a ENTOAÇÃO e todos os BARROQUISMOS que possam a vir criar "FERIDA".
Nos meus TEMPOS de miudagem, ouvíamos muitas vezes nos CAMPOS de FUTEBOL, quando se queria machucar o ÁRBITRO. Nem o PADRE MARTINS se escapou, melhor assim... pior foi mesmo um jogo com o CALIPOLENSE onde jogavam uns irmãos malucos. Passaram do PALHAÇO VERBAL à agressão e saíram todos doZARCOS sem levarem a roupa, pois tiveram que fugir nos carros que tinham por perto do antigo CAMPO da LAGOA.


BATERAM no PADRE MARTINS, soou e foi verdade na FREGUESIA... 

 Mas a HISTÓRIA que quero contar está carregada de seriedade. Habituei-me (...como todos em geral), a catalogar esta personagem mítica , que veio substituir o "BOBO" da corte...como o homem que mais despertava a nossa atenção para aspirarmos,,, a ir ao CIRCO.
Conheci a autenticidade, o HOMEM escondido no palhaço-o HOMEM IGUAL a todos nós, ou dito de outra FORMA. O HOMEM que despe o SORRISO e fica NU, FRAGILIZADO,,,SÓ!!
  
Henry MILLER (Manhattan, New York, 26 de Dezembro de 1891Los Angeles, 7 de Junho de 1980), escritor norte-americano.  ( ... um dos muitos maridos de MARILYN MONROE.

O escritor, que chegou mesmo a ser acusado de pornografia e cujos romances foram proibidos na Grã-Bretanha e Estados Unidos até meados dos anos 60, acabaria por ganhar renome mundial
Escreveu (...em 1948) o livro-"O SORRISO ao PÉ da Escada". Um pequeno livro, daqueles que se lêem numa tarde.
Não é só + um LIVRO FININHO que se LÊ ao fim da tarde no intervalo de duas imperiais. Ele transcreve dramaticamente a vida de AUGUSTO, um PALHAÇO REFORMADO que por  motivo forte, voltou ao activo.

 Escrito a pedido do pintor Fernand Léger, a história do palhaço Augusto é de um humanismo próximo da poesia. Miller diz: "O palhaço é um poeta em acção." E acrescenta: "Ele é a história que desempenha."
Miller considera "O Sorriso aos pés da Escada" a sua obra mais "verdadeira". Talvez porque, tal como revela no epílogo, "quando Augusto se torna ele próprio, a vida começa - e não só para Augusto: para toda a humanidade"
ALGUMAS das FRASES, que despertaram em MIM a atenção para a FUTILIDADE das BENESSES e dos "BRILHANTISMOS" na VIDA.
passo a CITAR:
 
"É como nascer e morrer ao mesmo tempo. Estou preso no Purgatório.
(...)
Ah, como era bom despir-se de seu papel, submergir na rotina da vida, tornar-se como poeira, e no entanto...

(...)
Ninguém perceberá a diferença (...) é preciso muito pouca coisa para a gente se transformar em ninguém! É isso o que somos - "ninguém". E "todo mundo" ao mesmo tempo.
(...)
Porque não existe nada sem importância.
(...)
Nem por um segundo lhe ocorreu que o que ia propor estava além da capacidade de aceitação de António.
(...)
Pensar que um homem pode armar tais ciladas para si mesmo!
(...)

Morremos lutando para nascer.
Além do DRAMA, ficamos com a certeza, que a vida é muito mais que desânimo-COMPETIÇÃO-BANALIDADES e desrespeito nas relações.
 Sermos nós próprios, unicamente nós próprios, é algo de extraordinário. mas como chegar a isso, como alcançá-lo? Ah!, eis o truque mais difícil de todos. (...) Bem pequena a compreensão de qualquer um quando o destino estava em jogo! Ser palhaço era ser um peão no xadrez do destino. Na pista, a vida não passa de um mundo de espectáculo, feito de cambalhotas, bolachadas, pontapés - um nunca acabar de fintas e contra-ataques. E era através deste meio, desta vergonhosa folia que uma pessoa conquistava os favores do público! O idolatrado palhaço! O bem-amado palhaço cujo privilégio especial consistia em reviver os erros, as loucuras, as idiotices, todas as incompreensões que angustiam a espécie humana! Ser a própria inépcia era algo que mesmo o mais imbecil dos imbecis poderia apreender. Não compreender as coisas, quando tudo é tão claro como a luz do dia; não dar pelo truque, embora repetido milhares de vezes; tactear como um cego, quando todos os sinais indicam a direcção exacta; insistir em passar pela porta errada, apesar do aviso de Perigo!,; avançar para dentro do espelho em vez de contorná-lo; espreitar pelo lado errado de uma carabina, de uma carabina carregada! - nunca as pessoas se cansam destas coisas absurdas, pois há milénios que os seres humanos se enganam no caminho, há milénios que todas as suas buscas e interrogações desaguam num beco sem saída. O mestre da inépcia tem como domínio o tempo inteiro. Acontece que só se dá por vencido perante a eternidade...
 Em nenhuma outra época da história da humanidade esteve o mundo tão repleto de sofrimento e de angústia. Mas apesar disso, aqui e além, deparamos com indivíduos que não estão contagiados, tingidos pela dor comum. Não são criaturas sem coração, longe disso! São indivíduos independentes e livres. Para eles, o mundo não é o que a nós parece. Vêem-no estranhamente com outros olhos. Ousamos dizer deles, que morreram para o mundo. Vivem, no momento que passa, com toda a plenitude, e a radiação que deles emana é um eterno hino de alegria. (...) Como o palhaço, vamos fazendo as nossas piruetas, aparentando sempre, adiando sempre o grande acontecimento. Morremos a lutar para nascer, pois nunca fomos e nunca somos. Estamos sempre na relatividade de vir a ser, separados, desligados sempre. Sempre do lado de fora da vida.


Mas,,, ESQUECIA-ME do que me trouxe aqui.
TIRO o CHAPÉU ao PRESIDENTE...



QUANTO ao RESTO, os conhecidos cujos, que se preparam para continuar a GUERRA, não me apetece chamar-lhes 

...PALHAÇOS!!!
SERIA uma OFENSA contra o PALHAÇO AUGUSTO e TODOS os PALHAÇOS que já não o SÃO.
Se pudesse diria ao ouvido de cada um:
-DEIXEM-SE de PALHAÇADAS!.. PARECEM uns miúdos a lutarem pela BOLA-QUERO DIZER,,, PODER,,,ÂNSIA de PODER! FOME de PODER! e MAU PERDER.
ESTAMOS TRAMADOS, esta gente nunca irá mudar e estão FARTOS de ESTAREM BEM. Tenho mesmo a certeza, que as coisas vão PIORAR ainda mais...
os PODEROSOS não o;;; SÃO...IRRESPONSÁVEIS e PAPAGAIOS.



(1) Santo Evangelho segundo São Mateus, Capítulo 26: 46-49: “Levantai-vos, vamos! Aquele que me trai está perto daqui. Jesus ainda falava, quando veio Judas, um dos Doze, e com ele uma multidão de gente armada de espadas e cacetes, enviada pelos príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos do povo. O traidor combinara com eles este sinal: Aquele que eu beijar, é ele. Prendei-o! Aproximou-se imediatamente de Jesus e disse: Salve, Mestre. E beijou-o.”

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

BRANCO PRETO e AKELOUTRAS



06/10/2015

INTIMAMENTE



PRETO
BRANCO
MARFIM
COR de AZEITONA
DOÇURA do MEL
FLOR de LIZ
ZARZUELA
MARCELA
...dos teus passos faço.
PAIXÃO!






                                  

 ATUA com TODOS


REVISITAR o PROFUNDO-POÉTICO na EXISTÊNCIA.

ESTRUTURAS e MATÉRIA








GESTOS 




 






REFLEXÃO/S 






OMNIPOTENTE
MAGIA...nas mãos HUMANAS REALIZADA



QUALIDADE 
EXTREMIDADE
SEM ÂNGULOS nem ARESTAS...













PAIXÃO! 











POÉTICA SIMILAR
AMAR

AR

INTENSO

SALGAR





MI AMIGO








POÉTICA
VIDA
 TRIBUNA


E lá entrámos, tu também, ninguém sentiu
como era ESTRANHO o sorriso AGRIDOCE,
escondendo, entre dentes, aquele ali.
enfrentámos, nos VULTOS, os OLHARES das FERAS
(lançando, sem medo,as dúvidas severas)
MÃOS na FRENTE, contrariando esperas,
sabendo que AFINAL não seria por ALI.
Se temos alguma, a nossa GLÓRIA é esta:
está sempre em PRIMEIRO o que é HUMANO
na CERTEZA clara que não É ETERNO.
POIS VIVER é TER, no TEMPO que nos RESTA,
VALORES muito para LÁ do que é PROFANO,
por RESPEITO a quem nos deu ACONCHEGO MATERNO.
SABEMOS, sabes, que por ALI não vamos!
Os PÉS dizem que o CAMINHO é diferente,
e não se esconde,
apesar das maviosas loas destes amos
cujo devir só de OLHAR se SENTE.
Não, não é por ali o LUGAR onde!
É preferível TROPEÇAR, CAIR
nas pedras da calçada,
FICAR DORIDO, MAGOADO e APRENDER
que por ali, para ali, não queremos IR.
Sendo tão pouco é este tanto nada
que nos AJUDA no teimoso REERGUER.




 
Estamos aqui para descobrir NOVIDADE
nas FLORESTAS
e, à falta de MELHOR,
deixar MARCAS nas TERRAS LAMACENTAS.
Nós já não VAMOS em cantigas de SAUDADE,
nem nas LUMINOSAS SOMBRAS que há nas festas
que são SEMPRE um corredor
a desaguar nas TORMENTAS.

AMAMOS o IMPOSSÍVEL?




Pois seja assim:
preferir trepar as FRAGAS às cálidas areias.
RASGAR , por dentro, é PREFERÍVEL
a ter o NÃO à MÁSCARA do SIM
onde se escondem sempre as maviosas TEIAS.
O ALI, com que nos brindam,
são só os cortinados dos salões,
o CENTRO, entre acepipes, nos conclaves
onde MIRAGENS de avenidas nunca findam
nas MÃOS ABERTAS de quem DÁ, e TIRA, aos repelões, depenicando as feridas em GESTOS SUAVES.

Chamem-nos LOUCOS, sem NORTE, o que quiserem.

Abençoada seja esta RAZÃO PERDIDA
que nos aflora a voz, e da BOCA se escapa.
Com OLHOS MELOSOS nos disseram: "É por ali." 

Sem SABER como vamos,
sei que SABEMOS e vamos,
de CERTEZA,
em passo resoluto,
por AQUI,
até ao AFINAL 
ABSOLUTO.
  

na URGÊNCIA das Mãos

-ARTE PURA.
Nos OLHOS do TEMPO

ARTE APURADA 





MEIA
MIA
AR
IA
AREARIA
 RIMA
REMA

                         MERA
                         MIRA
                          EIA

       MAR
               AREIA

NÃ O há ACORDO fonético
no que respeita ao MAR
ou à AREIA 


 Há um TEMPO a SEPARAR,
mas que também pode unir,
o que OPOSTO nos parecde,
e que, SEMPRE que acontece,
nos AJUDA a decidir
ou, sei lá, a DUVIDAR.

Entre o COMEÇO eo FIM
há o TEMPO de DURAR,
até que entre a NOITE e o DIA
chegue o TEMPO de ACORDAR.

O TEMPO de aquecer
leva-nos do FRIO ao QUENTE,
e, sem tempo de CHEGAR,
quem sabe se é CEDO ou TARDE 
e o que é BONITO ou FEIO,
se não há TEMPO de OLHAR?

Entre a PORTA e a JANELA
fica o DENTRO e FORA,
e o tempo a SAIR
de quem, para o ALTO e o BAIXO,
usa o TEMPO de MEDIR
e o TEMPO de CRESCER.

O LONGE e o PERTO têm
sempre um tempo de ANDAR
que nos ajuda a USAR
esse tempo de SENTIR
para SABER se é BOM ou mau
aquilo que está para VIR.
Mas entre tudo o que ACONTECE,
ou o que pode ACONTECER,
há um TEMPO que merece
por todos NÓS ser CUIDADO:



É o TEMPO de VIVER
de AMAR e SER AMADO


(de  gostar e SER GOSTADO)


UM MAR NO CABELO

HAJA, ou não,
alguém
que julgue não ter,
toda a gente tem
um MAR...
no cabelo,
mesmo sem querer.
Mar de inverno?
Branco.
Mar de outono?
Calmo.
Mar de primavera?
De todas as cores,
Mar de verão?
Pequeno,
a arejar calores.
Mar de escova,
mar de pente,
mar olhado
mar de frente,
mar domado,
mar à mão.
Mar de carapinha
mar de caracol 
mar de teimosia,
mar de maré cheia
(mar de pentear),
de maré vazia
(mar sem cabelo).

Haja, ou não,
alguém
que julgue não ter,
toda a gente tem
(mesmo sem querer)
dentro 
deste mar,
(que é o pensamento),
cardumes
que voam
que vêm
que vão,
que não sendo,
são
quase como o vento.
E podendo ser
peixes de pescar
em águas
serenas,
são apenas
peixes,
peixes agitados
peixes de pensar,
que vivem
no mar
a rodopiar
para deixar
de estar
dentro de um novelo.




Mesmo que haja
alguém
 que julgue
não ter,
um mar de cabelo?
Toda a gente tem.



 a TERRA
o VÉU
da SERRA .
ESCONDIDOS
entre si
os montes
escorregam
para o VALE.
no CÉu
da TERRA
no VÉU
da SERRA
Cada sopro
de VENTO
encostado
a um trinado
é o mote
à SINFONIA
que aOVELHA
bale.



Na TERRA
do VÉU
no CÉU
da SERRA. 


qui na SERRA
A GOTA tudo é enorme

a  greta

apenas eu,

a gruta

pequeno?

a perda

a pedra

Aqui na SERRA

a porta

tudo é LONGE

aperta
apenas EU, aqui?

a vista 
a vista
Aqui na SERRA
a vasta
tudo é CORAGEMapenas EU, SEGREDO?
a vaga 
a vaga
Aqui na SERRA
o voo
o véu
o vau

tudo é HOJE

o ponto
o pranto
apronto

apenas EU, já FUI?
a perda
a pedra
a gruta
a greta
a gota.
a perda
a pedra
a gruta
Aqui na SERRA
tudo é VIAGEM

Quanto me gosta
a serra
quanto me custa.

apenas EU, sou MEDO?




NA ARCA de NOÉ

Estou como os sapatos:
não me caibo.
Estou como os ossos:
venço-me a pele
e não me caibo.
Estou como as palavras:
atrapalho-me a língua,
já não me caibo.
Os pensamentos
fazem ricochete cá dentro:
não saem,
nem me cabem.
Nada me cabe
neste tempo
que me ocupa tanto espaço.
estou como os sapatos
trocados por pantufas:
eu, pelo menino
que nunca me desleixaram ser.



Sou todos os animais
e alguns dos bichos
da Arca de Noé,
e afinal nenhum,
que já nem sei de mim para caber-me.
Nem sorrir
Engulo-me apenas.
Bem mais devagar
do que a VONTADE.
Se ao menos chovesse,
tudo e TODOS
num dilúvio
de VOO,


e me levasse
por não caber
dentro de mim.
sorriria então,
esfomeado como estou de partir.





 O mar não faz


o género:


OVERDEOMAR

AVERDADETERRA
AVAGADOMAR
OVAGODATERRA

OGÉNERONÃOFAZMAR


OMARAMAR

OMAROMAR  



EPÍLOGOS




 



A ESCOLHA VOLUNTÁRIA
a única ESCOLHA efectiva
a que ninguém nos obriga...
SÃO os AMIGOS 
6/10/2015
     Anfitrião-ZÉ PIRES 


Como a emoção das palavras ditas, dos gestos repartidos, dos pensamentos pensados...se torna poema e arte
Ai Álvaro, Álvaro...que coração grande tens! 
(Helder Rodrigues)