PLANÍCIE

Sou, na verdade, o Lobo da Estepe, como me digo tantas vezes aquele animal extraviado que não encontra abrigo nem na alegria nem alimento num mundo que lhe é estranho e incompreensível

Herman Hesse

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

BRANCO PRETO e AKELOUTRAS



06/10/2015

INTIMAMENTE



PRETO
BRANCO
MARFIM
COR de AZEITONA
DOÇURA do MEL
FLOR de LIZ
ZARZUELA
MARCELA
...dos teus passos faço.
PAIXÃO!






                                  

 ATUA com TODOS


REVISITAR o PROFUNDO-POÉTICO na EXISTÊNCIA.

ESTRUTURAS e MATÉRIA








GESTOS 




 






REFLEXÃO/S 






OMNIPOTENTE
MAGIA...nas mãos HUMANAS REALIZADA



QUALIDADE 
EXTREMIDADE
SEM ÂNGULOS nem ARESTAS...













PAIXÃO! 











POÉTICA SIMILAR
AMAR

AR

INTENSO

SALGAR





MI AMIGO








POÉTICA
VIDA
 TRIBUNA


E lá entrámos, tu também, ninguém sentiu
como era ESTRANHO o sorriso AGRIDOCE,
escondendo, entre dentes, aquele ali.
enfrentámos, nos VULTOS, os OLHARES das FERAS
(lançando, sem medo,as dúvidas severas)
MÃOS na FRENTE, contrariando esperas,
sabendo que AFINAL não seria por ALI.
Se temos alguma, a nossa GLÓRIA é esta:
está sempre em PRIMEIRO o que é HUMANO
na CERTEZA clara que não É ETERNO.
POIS VIVER é TER, no TEMPO que nos RESTA,
VALORES muito para LÁ do que é PROFANO,
por RESPEITO a quem nos deu ACONCHEGO MATERNO.
SABEMOS, sabes, que por ALI não vamos!
Os PÉS dizem que o CAMINHO é diferente,
e não se esconde,
apesar das maviosas loas destes amos
cujo devir só de OLHAR se SENTE.
Não, não é por ali o LUGAR onde!
É preferível TROPEÇAR, CAIR
nas pedras da calçada,
FICAR DORIDO, MAGOADO e APRENDER
que por ali, para ali, não queremos IR.
Sendo tão pouco é este tanto nada
que nos AJUDA no teimoso REERGUER.




 
Estamos aqui para descobrir NOVIDADE
nas FLORESTAS
e, à falta de MELHOR,
deixar MARCAS nas TERRAS LAMACENTAS.
Nós já não VAMOS em cantigas de SAUDADE,
nem nas LUMINOSAS SOMBRAS que há nas festas
que são SEMPRE um corredor
a desaguar nas TORMENTAS.

AMAMOS o IMPOSSÍVEL?




Pois seja assim:
preferir trepar as FRAGAS às cálidas areias.
RASGAR , por dentro, é PREFERÍVEL
a ter o NÃO à MÁSCARA do SIM
onde se escondem sempre as maviosas TEIAS.
O ALI, com que nos brindam,
são só os cortinados dos salões,
o CENTRO, entre acepipes, nos conclaves
onde MIRAGENS de avenidas nunca findam
nas MÃOS ABERTAS de quem DÁ, e TIRA, aos repelões, depenicando as feridas em GESTOS SUAVES.

Chamem-nos LOUCOS, sem NORTE, o que quiserem.

Abençoada seja esta RAZÃO PERDIDA
que nos aflora a voz, e da BOCA se escapa.
Com OLHOS MELOSOS nos disseram: "É por ali." 

Sem SABER como vamos,
sei que SABEMOS e vamos,
de CERTEZA,
em passo resoluto,
por AQUI,
até ao AFINAL 
ABSOLUTO.
  

na URGÊNCIA das Mãos

-ARTE PURA.
Nos OLHOS do TEMPO

ARTE APURADA 





MEIA
MIA
AR
IA
AREARIA
 RIMA
REMA

                         MERA
                         MIRA
                          EIA

       MAR
               AREIA

NÃ O há ACORDO fonético
no que respeita ao MAR
ou à AREIA 


 Há um TEMPO a SEPARAR,
mas que também pode unir,
o que OPOSTO nos parecde,
e que, SEMPRE que acontece,
nos AJUDA a decidir
ou, sei lá, a DUVIDAR.

Entre o COMEÇO eo FIM
há o TEMPO de DURAR,
até que entre a NOITE e o DIA
chegue o TEMPO de ACORDAR.

O TEMPO de aquecer
leva-nos do FRIO ao QUENTE,
e, sem tempo de CHEGAR,
quem sabe se é CEDO ou TARDE 
e o que é BONITO ou FEIO,
se não há TEMPO de OLHAR?

Entre a PORTA e a JANELA
fica o DENTRO e FORA,
e o tempo a SAIR
de quem, para o ALTO e o BAIXO,
usa o TEMPO de MEDIR
e o TEMPO de CRESCER.

O LONGE e o PERTO têm
sempre um tempo de ANDAR
que nos ajuda a USAR
esse tempo de SENTIR
para SABER se é BOM ou mau
aquilo que está para VIR.
Mas entre tudo o que ACONTECE,
ou o que pode ACONTECER,
há um TEMPO que merece
por todos NÓS ser CUIDADO:



É o TEMPO de VIVER
de AMAR e SER AMADO


(de  gostar e SER GOSTADO)


UM MAR NO CABELO

HAJA, ou não,
alguém
que julgue não ter,
toda a gente tem
um MAR...
no cabelo,
mesmo sem querer.
Mar de inverno?
Branco.
Mar de outono?
Calmo.
Mar de primavera?
De todas as cores,
Mar de verão?
Pequeno,
a arejar calores.
Mar de escova,
mar de pente,
mar olhado
mar de frente,
mar domado,
mar à mão.
Mar de carapinha
mar de caracol 
mar de teimosia,
mar de maré cheia
(mar de pentear),
de maré vazia
(mar sem cabelo).

Haja, ou não,
alguém
que julgue não ter,
toda a gente tem
(mesmo sem querer)
dentro 
deste mar,
(que é o pensamento),
cardumes
que voam
que vêm
que vão,
que não sendo,
são
quase como o vento.
E podendo ser
peixes de pescar
em águas
serenas,
são apenas
peixes,
peixes agitados
peixes de pensar,
que vivem
no mar
a rodopiar
para deixar
de estar
dentro de um novelo.




Mesmo que haja
alguém
 que julgue
não ter,
um mar de cabelo?
Toda a gente tem.



 a TERRA
o VÉU
da SERRA .
ESCONDIDOS
entre si
os montes
escorregam
para o VALE.
no CÉu
da TERRA
no VÉU
da SERRA
Cada sopro
de VENTO
encostado
a um trinado
é o mote
à SINFONIA
que aOVELHA
bale.



Na TERRA
do VÉU
no CÉU
da SERRA. 


qui na SERRA
A GOTA tudo é enorme

a  greta

apenas eu,

a gruta

pequeno?

a perda

a pedra

Aqui na SERRA

a porta

tudo é LONGE

aperta
apenas EU, aqui?

a vista 
a vista
Aqui na SERRA
a vasta
tudo é CORAGEMapenas EU, SEGREDO?
a vaga 
a vaga
Aqui na SERRA
o voo
o véu
o vau

tudo é HOJE

o ponto
o pranto
apronto

apenas EU, já FUI?
a perda
a pedra
a gruta
a greta
a gota.
a perda
a pedra
a gruta
Aqui na SERRA
tudo é VIAGEM

Quanto me gosta
a serra
quanto me custa.

apenas EU, sou MEDO?




NA ARCA de NOÉ

Estou como os sapatos:
não me caibo.
Estou como os ossos:
venço-me a pele
e não me caibo.
Estou como as palavras:
atrapalho-me a língua,
já não me caibo.
Os pensamentos
fazem ricochete cá dentro:
não saem,
nem me cabem.
Nada me cabe
neste tempo
que me ocupa tanto espaço.
estou como os sapatos
trocados por pantufas:
eu, pelo menino
que nunca me desleixaram ser.



Sou todos os animais
e alguns dos bichos
da Arca de Noé,
e afinal nenhum,
que já nem sei de mim para caber-me.
Nem sorrir
Engulo-me apenas.
Bem mais devagar
do que a VONTADE.
Se ao menos chovesse,
tudo e TODOS
num dilúvio
de VOO,


e me levasse
por não caber
dentro de mim.
sorriria então,
esfomeado como estou de partir.





 O mar não faz


o género:


OVERDEOMAR

AVERDADETERRA
AVAGADOMAR
OVAGODATERRA

OGÉNERONÃOFAZMAR


OMARAMAR

OMAROMAR  



EPÍLOGOS




 



A ESCOLHA VOLUNTÁRIA
a única ESCOLHA efectiva
a que ninguém nos obriga...
SÃO os AMIGOS 
6/10/2015
     Anfitrião-ZÉ PIRES 


Como a emoção das palavras ditas, dos gestos repartidos, dos pensamentos pensados...se torna poema e arte
Ai Álvaro, Álvaro...que coração grande tens! 
(Helder Rodrigues)

1 comentário:

  1. Espetacular este teu trabalho! Nada melhor, para quem acha que pinta com as palavras, que a pintura que um ARTISTA (como tu) faz com elas!

    ZPires

    ResponderEliminar