PLANÍCIE

Sou, na verdade, o Lobo da Estepe, como me digo tantas vezes aquele animal extraviado que não encontra abrigo nem na alegria nem alimento num mundo que lhe é estranho e incompreensível

Herman Hesse

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

O PESO da PENA do PAVÃO








A INSUSTENTÁVEL LEVEZA da pena de um PAVÃO


ANO


XVII

Hoje a liberdade de expressão é um luxo. Eu não sou rico, mas também não sou pobre, tenho meios económicos e capacidade de intervenção no espaço público para me poder defender […]
É preciso que as pessoas em Portugal ganhem coragem de falar, com ou sem razão, daquilo que entendem que está mal à sua volta."
Paulo Morais, um tipo que não é muito conhecido.  


do
TEMPO de CRISTO
AS PALAVRAS dos OUTROS
PESO em TODOS NÓS, ANIMAIS PENSANTES
REVISITADO IN! 


...
canto GEDEÃO
Eu, quando choro. 
não choro eu. 
Chora aquilo que nos homens 
em todo tempo sofreu. 
As lágrimas são as minhas 
mas o choro não é meu.








 

Síria: quase 11 mil crianças foram mortas em 30 meses de conflito-500.000 MORTOS na totalidade

 PRIMAVERA ÁRABE

 

http://cenegri.org.br/portal/?p=311 

Como efeito do sucesso das revoltas tunisina e egípcia, a Primavera Árabe continuou pela Líbia e pelo Iêmen, e se arrasta de forma mal sucedida pela Síria ainda hoje.
Surgiram ecos perceptíveis em Argélia, Jordânia, Bahrein e Marrocos. Pequenas sublevações também ocorreram em Irã, Iraque, Kuwait, Omã, Dijibuti, Sudão, Etiópia, Camarões, Angola, Zimbábue, Gabão e, por mais incrível que pareça, até mesmo na China.
Pode-se dizer que a Primavera Árabe fracassou no sentido de não ter conseguido instaurar uma democracia plena nesses países, apesar do sucesso inicial ao ter derrubado os ditadores da Tunísia, do Egipto, da Líbia e do Iémene. A perpetuação dos problemas que vem de outrora é outro sinal do fracasso do movimento, já que em muitos casos as desigualdades sociais aumentaram em vez de retrocederem.
O mundo assiste ao transbordamento dessa crise na expectativa de que o final seja mais propício à disseminação da democracia que à generalização do derramamento de sangue.

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  Poema do alegre desespero

Compreende-se que lá para o ano três mil e tal
ninguém se lembre de certo Fernão barbudo
que plantava couves em Oliveira do Hospital,

ou da minha virtuosa tia-avó Maria das Dores
que tirou um retrato toda vestida de veludo
sentada num canapé junto de um vaso com flores.

Compreende-se.

E até mesmo que já ninguém se lembre que houve três impérios no Egipto
(o Alto Império, o Médio Império e o Baixo Império)
com muitos faraós, todos a caminharem de lado e a fazerem tudo de perfil,
e o Estrabão, o Artaxerpes, e o Xenofonte, e o Heraclito,
e o desfiladeiro das Termópilas, e a mulher do Péricles, e a retirada dos dez mil,
e os reis de barbas encaracoladas que eram senhores de muitas terras,
que conquistavam o Lácio e perdiam o Épiro, e conquistavam o Épiro e perdiam o Lácio,

e passavam a vida inteira a fazer guerras,
e quando batiam com o pé no chão faziam tremer todo o palácio,
e o resto tudo por aí fora,
e a Guerra dos Cem Anos,
e a Invencível Armada,
e as campanhas de Napoleão,
e a bomba de hidrogénio.
Mais império menos império,
mais faraó menos faraó,
será tudo um vastíssimo cemitério,
cacos, cinzas e pó.

Compreende-se.
Lá para o ano três mil e tal.

E o nosso sofrimento para que serviu afinal?
 António Gedeão

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