PLANÍCIE

Sou, na verdade, o Lobo da Estepe, como me digo tantas vezes aquele animal extraviado que não encontra abrigo nem na alegria nem alimento num mundo que lhe é estranho e incompreensível

Herman Hesse

domingo, 5 de fevereiro de 2017

MULHERES GUERREIRAS



MULHERES YAZIDIS

MULHERES GUERREIRAS
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Historicamente os Iazidis viviam principalmente em áreas que actualmente se situam no Iraque, Síria e Turquia, havendo também vários grupos significativos na Arménia e na Geórgia. Entretanto, os eventos históricos ocorridos a partir do início do século XX resultaram em movimentações demográficas consideráveis e emigração em massa.[8] As estimativas populacionais são incertas em muitas regiões e os cálculos da população Iazidis total apresentam grandes variações — por exemplo, as estimativas do número de Iazidis que vivem no Iraque variam entre 70 000 e 500 000.[1]
 Os iazidis são maioritariamente falantes de língua curda que professam a religião iazidismo, um dos ramos do iazdânismo, uma religião com raízes nas religiões persas, com mistura de elementos pré-islâmicos das tradições religiosas mesopotâmicas/assírias, mitraísmo, cristianismo e islãohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Yazidi
Depois de escaparem das garras do autodenominado Estado Islâmico, dezenas de mulheres, de minoria yazidis, formaram um exército que hoje combate o grupo terrorista no Iraque.
Em agosto de 2014, os jihadistas sequestraram cerca de 2 mil yazidis em Sinjar, ao norte do Iraque. As mulheres foram mantidas como escravas sexuais, sendo obrigadas a se converterem ao islão radical, assim como foram obrigadas a se casarem, e constantemente foram violentadas sexualmente. Depois de terem sido comercializadas para outros combatentes, algumas dessas mulheres conseguiram escapar, outras foram resgatadas pelos seus familiares.
Depois do terrível tratamento recebido pelos combatentes terroristas, algumas dessas mulheres se juntaram e formaram o exército “Damas do Sol”. Cerca de 123 mulheres yazidis alistaram-se, juntando-se às forças curdas de Peshmerga, e se preparando para um ataque contra a base terrorista de Mosul, no Iraque. Outras 500 mulheres estão aguardando para serem treinadas. A idade das "Damas do Sol" varia entre 17 e 37 anos.
Milhares de yazidis foram assassinadas pelo grupo terrorista ISIS, que mata também não-muçulmanos.
Khatoon Khider, membro do batalhão feminino, explicou: “Sempre que surge uma guerra, as nossas mulheres terminam como vítimas. Agora estamos no defendendo do mal, estamos defendendo a todas as minorias da região”. Uma combatente disse que espera que “sua força de elite seja um modelo para outras mulheres da região”.
A capitã do movimento, Khatoon Khider, disse que existem muitas mulheres que estão sendo mantidas como escravas em Mosul. “As suas famílias estão esperando por elas”, disse. A líder do movimento falou ainda que o movimento está "esperando” pelas mulheres.
Uma militante de 19 anos de idade do movimento “Damas do Sol” disse em entrevista À FoxNews: “É muito importante para nós sermos capazes de proteger nossa dignidade e honra. Minha família está muito orgulhosa, ela me incentivou a me juntar (ao movimento) ”. Ela ainda disse estar orgulhosa quanto ao dever de “proteger” o seu povo e disse não temer o ISIS diante do que já sofreram.

Os Yazidis

Os seguidores do Yazidismo são uma minoria étnica-religiosa que habita o norte do Iraque. Os adeptos do Yazidismo cultuam o "Anjo Pavão". De acordo com a tradição, esse anjo teria questionado Deus e acabou sendo enaltecido pelo Criador.
O Yazidismo reúne elementos do cristianismo, do islamismo e do zoroastrismo (antiga religião da Pérsia).
Os seguidores acreditam que Deus criou o mundo e deixou que sete anjos cuidassem dele. Entre esses anjos estaria "Melek Tawwus" (o Anjo Pavão) que se recusou a saudar a criação de Deus, e por isso, foi penalizado. Ao ter se arrependido, Melek Tawwus foi perdoado por Deus.
O fato dos seguidores adorarem a um ser que havia questionado a Deus levou ao erro histórico de serem acusados por muitos radicais e inclusive pelo ISIS de serem adoradores do Diabo. Atualmente, o Estado Islâmico persegue e mata esses religiosos. #Terrorismo #Guerra Civil #Oriente Médio

http://br.blastingnews.com/mundo/2016/02/exercito-de-mulheres-entra-na-luta-contra-o-estado-islamico-00781471.html 




Prémio Sakharov para duas mulheres yazidi

Nadia Murad Basee e Lamiya Aji Bashar, foram escolhidas pelos esforços na defesa da comunidade Yazidi e das mulheres que sobrevivem à escravidão sexual às mãos dos 'jihadistas' do estado Islâmico.
Ambas são oriundas de Kocho, uma aldeia iraquiana que foi tomada pelo Estado Islâmico em 2014, com centenas de mulheres e raparigas Yazidis a serem raptadas e escravizadas sexualmente pela organização extremista.

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