PLANÍCIE

Sou, na verdade, o Lobo da Estepe, como me digo tantas vezes aquele animal extraviado que não encontra abrigo nem na alegria nem alimento num mundo que lhe é estranho e incompreensível

Herman Hesse

quarta-feira, 12 de julho de 2017

OCEANOS



À BEIRA do COLAPSO




OCEANOS
Relatório do grupo ambientalista WWF aponta que a quantidade de peixes nos oceanos caiu pela metade desde 1970; redução teria sido causada pela pesca excessiva e outras ameaças, que deixa o volume de peixes "à beira do colapso”; "Há uma diminuição enorme de espécies que são essenciais, tanto para o ecossistema dos oceanos quanto para a segurança alimentar de biliões de pessoas".

O aumento da temperatura dos oceanos e a poluição marítima exigem intervenção urgente dos governos para proteger o alto mar, sujeito a mudanças cada vez mais rápidas e imprevisíveis, alertaram hoje cientistas da Universidade de Oxford.

 

Por exemplo, na baía de Bengala, o resultado de alterações climáticas e de descargas de fertilizantes agrícolas estão a acabar com o oxigénio na água, o que terá um impacto mundial e provoca perturbações nos ecossistemas dos quais as populações dependem para pescar.
O aumento de temperatura provocado pela actividade humana é um problema global que significa que o mar fica mais ácido porque absorve dióxido de carbono, além de levar ao aumento de bactérias responsáveis por doenças como a cólera, gastroenterite ou septicémia.
"As mudanças climáticas afectam todos os aspectos do oceano, incluindo temperatura, circulação e nutrientes", lê-se no relatório.
A coordenadora da Aliança do Alto Mar, Peggy Kalas, afirmou que "os impactos da actividade humana estão a sentir-se nos oceanos, não apenas em cada Zona Económica Exclusiva."
"Precisamos urgentemente de estruturas de governo para gerir o alto mar e aplicar o princípio de garantir a sustentabilidade da atividade humana", defendeu.
Na terça-feira, reuniu-se nas Nações Unidas um comité preparatório para tentar chegar a uma conferência entre governos de onde saia um novo tratado internacional para proteger os oceanos.
A conseguir-se, seria o primeiro tratado dedicado à protecção da vida marinha no mar alto, que cobre quase metade da superfície do planeta, sem jurisdições nacionais.
O impacto da quantidade cada vez maior de lixo plástico nos mares ainda está por avaliar completamente, mas não restam dúvidas aos cientistas de que é inevitável.
Ao fim de décadas, sentem-se também os impactos da extracção de minerais, o que salienta a necessidade de se estudar antecipadamente onde se vai perfurar.

A maior barreira de corais do planeta vive uma crise ambiental sem precedentes. Relatório recente mostra que a Grande Barreira de Corais Australiana já perdeu mais da metade de sua cobertura (50,7%) nos últimos 27 anos.

E, se nada for feito na próxima década, podem restar apenas 5% da formação no ano de 2022, diz o documento do Instituto Australiano de Ciência Marinha, que sintetizou mais de 2 mil trabalhos científicos sobre o assunto.
Estendendo-se por mais de 2.000 quilômetros ao longo da costa do estado de Queensland, a Grande Barreira de Corais é composta por quase três mil pequenos recifes e mais de 900 ilhas no oceano Pacífico. Atualmente, é lar de 400 espécies de corais, 1.500 espécies de peixes, 4.000 espécies de moluscos eanimais em risco de extinção, como o peixe-boi e a tartaruga verde.
Green farm
 (Mundo ao minuto)

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