PLANÍCIE

Sou, na verdade, o Lobo da Estepe, como me digo tantas vezes aquele animal extraviado que não encontra abrigo nem na alegria nem alimento num mundo que lhe é estranho e incompreensível

Herman Hesse

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

PARA CIMA, PINGA



VINHO NOVO!
A PAR DA PRIMAVERA
...
SÃO OS ODORES!...



QUE DEMARCAM O TERRITÓRIO...ESTÁVAMOS EM 2012, E PROCURAVA HISTÓRIAS, RAZÕES DE SER PARA SUSTENTAR ESTA CAMINHADA. SÓ OS ANTIGOS (RE) LEMBRAM, E OS ANTIGOS JÁ CÁ NÃO ESTÃO.
ENTÃO?!... EM QUE FICAMOS (?...!)
ESTÁVAMOS EM 2012 NUM DEZEMBRO COMO ESTE DEZEMBRO-ESCURO, SÉPIA(!),,FRIO. EXACTAMENTE A 23 DE DEZEMBRO DE 2012.
NINGUÉM SE LEMBRA! EU LEMBRO...E É COM ESTE JOGO DE INTERROGAÇÕES E EXCLAMAÇÕES QUE SUSTENTO A SIMBOLOGIA DAS IMAGENS.
SIM! FOI UMA MOAGEM, ALI NA CASA DE ENTRADA, CHEIRAVA A PÓ E O PÓ ANDAVA NO AR-AQUELA CASA DE ENTRADA. NÃO ME DIZIA QUE, LÁ + PARA DENTRO,   EXISTIA UM IMPÉRIO.
NAS PALAVRAS DELE, FICOU O FILME, AS HISTÓRIAS E AQUELE HOMEM QUE CRESCEU, CORPULENTO. DIFERENTE DO OUTRO QUE ME LEMBRA PEQUENO. AMIGO DO MEU PAI, DAS CAÇADAS DOS COPOS E DAS DESCULPAS DE MENTIRINHAS SEM IMPORTÂNCIA QUE O Mestre JOÃO,  SE ESCUDAVA NO  AMEIXA.
ONTEM QUINTA-FEIRA, ENCOSTEI A CABEÇA NA ALMOFADA  E REBOBINEI O FILME DO DIA. VIERAM-ME AO PENSAMENTO OS ESCRITOS DE TORGA, AS PALAVRAS DE MANUEL DA FONSECA E O VAZIO DA PAISAGEM. ESTREMOZ, ESTAVA DESERTO, NO ISAÍAS 3 GATOS PINGADOS DECORAVAM DUAS MESAS E O ROQUE EXPECTANTE CUMPRIA A VIGÍLIA. AS RUAS IDEM, NOS CEMITÉRIOS POUCO OU NADA SE OUVIA. REBOBINEI SOBRE A ALMOFADA, O FILME DO DIA. DESTA VEZ, NÃO ERA SÁBADO, SÁBADO DOS MOVIMENTOS. FOI QUINTA, CRUEL, A DURA REALIDADE DO INTERIOR. ESPELHADA NO VAZIO. ONDE ESTÁ A EVOLUÇÃO, O BRILHO TANTO APREGOADO DO NOSSO PAÍS ?
O TURISMO, DEPOIS DAS NOVELAS.
COMO HÁ 50 ANOS-SEM ESCOLAS A VILA É UMA PASMACEIRA.
DIRIGI-ME AO VÉSTIAS DO CEMITÉRIO,  ESTAVA NA TROCA DE CONVERSAS AO LADO DE UM JEEP, COM O HERMÍNIO. MAIS PRECISAMENTE O HERMÍNIO DA SILVA BABAU. DEPOIS DAS PIADAS DO COSTUME, ESTRELA IRMÃ DO BABAU-A MULHER MAIS BONITA DA EICE. FALOU DO AMEIXA. -TIVE NA DO AMEIXA.
 AQUELE - TIVE NA DO AMEIXA...DESPOLETOU EM MIM, A IMAGEM DE 2012...O PING PING,  CORRIDO SÓ PARA BAIXO, DAS GOTÍCULAS DO VINHO NOVO, NAQUELA ANTIGA MOAGEM DE CEREAIS-ENTREI PELA MERCEARIA, PASSEI A UMA SEGUNDA SALA ESCURA ONDE ESTAVAM AS TALHAS, E, CORRIA COM PINGAS ENCOSTADINHAS O SABOROSO VINHO NOVO DE DEZEMBRO. VOLTEI À DIREITA, E ENTREI PELA PRIMEIRA VEZ NOS DOMÍNIOS DO AMEIXA. CHEIRAVA A CARNE ASSADA E , NUMA MESA ESTAVA O GRUPO DO ZÉ DA BURRA.
RECOLHI TODO O MATERIAL NECESSÁRIO E EM CONVERSAS DE CIRCUNSTÂNCIA, SOUBE UM POUCO DA HISTÓRIA DELE E DAS ORIGENS DO TAL CAFÉ DE BALCÃO CORRIDO ONDE A JUVENTUDE ESTRAVAZAVA A REBELDIA-LÁ NO QUINTAL, NAS NOITES DE VERÃO E NA MODA DAS PRIMEIRAS IMPERIAIS DE COPO COM VIDRO FININHO. SÓ EXISTIAM DOIS CAFÉS, JÁ NÃO EXISTIA O DO AMARO DOS FRANGOS ASSADOS, FORA SUBSTITUÍDO PELA SAMOR. 

(E DA CONSTRUÇÃO DA CASA DO POVO, PUXADA PELOS BOIS DO VELHO AMEIXA).

O DO SÓDÓ, ONDE A CONFUSÃO NÃO ERA PERMITIDA, E O DO AMEIXA, MODERNO, SUSTENTADO NO SORRISO DAQUELA FIGURA BAIXINHA, DAS SALAS ANEXAS DO PEQUENO CORREDOR QUE DAVA PARA O QUINTAL, E A COZINHA ...ÚLTIMA PORTA DO LADO DIREITO, ONDE A MULHER NOS FRITAVA AS MAIS SABOROSAS BATATAS FRITAS QUE ALGUMA VEZ COMI. 4 TOSTÕES, UMA CARCAÇA COM AS BATATAS FRITAS DA MULHER DO AMEIXA. E AS GARRAFAS DA CERVEJA SAGRES, CRISTALIZADAS COM UM ODOR DE CERVEJA DE VERDADE. FORAM, OS GRANDES SERÕES DE QUINTAS-FEIRAS, DAS TOURADAS À ANTIGA PORTUGUESA, CASA CHEIA. QUINTAL CHEIO  PORTA DA RUA CHEIA DE JUVENTUDE.
OZARCOS FOI NESTES TEMPOS UMA TERRA CHEIA! DE TUDO, E DE HISTÓRIAS, LENDAS E DE GENTE BOA.

ENCOSTEI A CABEÇA NA ALMOFADA, 22 HORAS, REBOBINEI O FILME, DESDE O MOMENTO QUE O BABAU ARTICULOU -FUI À DO AMEIXA! E EU PENSEI ... AO VINHO NOVO PINGADO
O LAR ESTAVA BEM COMPOSTO, AO CONTRÁRIO DOS SÁBADOS DAS MINHAS VISITAS. AI SE VOCÊS SOUBESSEM. TENHO UMA HISTÓRIA PARA CADA ROSTO, DAQUELA GENTE, CONHEÇO-AS TODAS, SÃO  QUASE SÓ MULHERES, OS HOMENS MORRERAM TODOS. É A GENÉTICA, OS HOMENS FOD...-SE TODOS DE TANTO QUEREREM SER HERÓIS. ESTAS AS QUE ABRACEI, A ANA, A NATÁLIA, A MÃE DO VICTOR E DO ZÉDUSAPATÊRO. SÉFA DO CACO-QUEM ÉS,,,TU? LEMBRA-SE DA AMC-O FILHO DO GRIZÉU(??)!. A MULHER DO BELO:-PARA A PRÓXIMA VISITA JÁ CÁ NÃO ESTOU!
-ESTÁ POIS!
-JÁ TENHO 92. E NÃO ME IMPORTO.

TODOS ESTES "CACOS" FORAM O PREENCHIMENTO DOS ARCOS CHEIOS, NAQUELAS NOITES DE QUINTA-FEIRA, DOS NOVEMBROS DOS DEZEMBROS DO MANUEL DA FONSECA, QUANDO ME FALAVA NO LARGO.
O Largo
Era o centro da Vila. Os viajantes apeavam-se da diligência e contavam novidades. Era através do Largo que o povo comunicava com o mundo. Também, à falta de notícias, era aí que se inventava alguma coisa que se parecesse com a verdade. O tempo passava, e essa qualquer coisa inventada vinha a ser a verdade. Nada a destruía: tinha vindo do Largo. Assim, o Largo era o centro do mundo.

Quem lá dominasse, dominava toda a Vila. Os mais inteligentes e sabedores desciam ao Largo e daí instruíam a Vila. Os valentes erguiam-se no meio do Largo e desafiavam a Vila, dobravam-na à sua vontade. Os bêbados riam-se da Vila, cambaleando, estavam-se nas tintas para todo o mundo, quem quisesse que se ralasse, queriam lá saber- cambaleavam e caíam de borco. Caíam ansiados de tristeza no pó branco do Largo. Era o lugar onde os homens se sentiam grandes em tudo o que a vida dava, quer fosse a valentia, ou a inteligência, ou a tristeza.


Os senhores da Vila desciam ao Largo e falavam de igual para igual com os mestres alvanéis, os mestres-ferreiros. E até com os donos do comércio, com os camponeses, com os empregados da Câmara. Até, de igual para igual, com os malteses, os misteriosos e arrogantes vagabundos. Era aí o lugar dos homens, sem distinção de classes. Desses homens antigos que nunca se descobriam diante de ninguém e apenas tiravam o chapéu para deitar-se.


Também era lá a melhor escola das crianças. Aí aprendiam as artes ouvindo os mestres artífices, olhando os seus gestos graves. Ou aprendiam a ser valentes, ou bêbados, ou vagabundos. Aprendiam qualquer coisa e tudo era vida. O Largo estava cheio de vida, de valentias, de tragédias. Estava cheio de grandes rasgos de inteligência. E era certo que a criança que aprendesse tudo isto vinha a ser poeta e entristecia por não ficar sempre criança a aprender a vida- a grande e misteriosa vida do Largo.

A casa era para as mulheres.

Fonte: https://www.passeiweb.com/estudos/livros/o_fogo_e_as_cinzas
O Largo
Era o centro da Vila. Os viajantes apeavam-se da diligência e contavam novidades. Era através do Largo que o povo comunicava com o mundo. Também, à falta de notícias, era aí que se inventava alguma coisa que se parecesse com a verdade. O tempo passava, e essa qualquer coisa inventada vinha a ser a verdade. Nada a destruía: tinha vindo do Largo. Assim, o Largo era o centro do mundo.

Quem lá dominasse, dominava toda a Vila. Os mais inteligentes e sabedores desciam ao Largo e daí instruíam a Vila. Os valentes erguiam-se no meio do Largo e desafiavam a Vila, dobravam-na à sua vontade. Os bêbados riam-se da Vila, cambaleando, estavam-se nas tintas para todo o mundo, quem quisesse que se ralasse, queriam lá saber- cambaleavam e caíam de borco. Caíam ansiados de tristeza no pó branco do Largo. Era o lugar onde os homens se sentiam grandes em tudo o que a vida dava, quer fosse a valentia, ou a inteligência, ou a tristeza.


Os senhores da Vila desciam ao Largo e falavam de igual para igual com os mestres alvanéis, os mestres-ferreiros. E até com os donos do comércio, com os camponeses, com os empregados da Câmara. Até, de igual para igual, com os malteses, os misteriosos e arrogantes vagabundos. Era aí o lugar dos homens, sem distinção de classes. Desses homens antigos que nunca se descobriam diante de ninguém e apenas tiravam o chapéu para deitar-se.


Também era lá a melhor escola das crianças. Aí aprendiam as artes ouvindo os mestres artífices, olhando os seus gestos graves. Ou aprendiam a ser valentes, ou bêbados, ou vagabundos. Aprendiam qualquer coisa e tudo era vida. O Largo estava cheio de vida, de valentias, de tragédias. Estava cheio de grandes rasgos de inteligência. E era certo que a criança que aprendesse tudo isto vinha a ser poeta e entristecia por não ficar sempre criança a aprender a vida- a grande e misteriosa vida do Largo.

A casa era para as mulheres.

Fonte: https://www.passeiweb.com/estudos/livros/o_fogo_e_as_cinzas
O Largo
Era o centro da Vila. Os viajantes apeavam-se da diligência e contavam novidades. Era através do Largo que o povo comunicava com o mundo. Também, à falta de notícias, era aí que se inventava alguma coisa que se parecesse com a verdade. O tempo passava, e essa qualquer coisa inventada vinha a ser a verdade. Nada a destruía: tinha vindo do Largo. Assim, o Largo era o centro do mundo.

Quem lá dominasse, dominava toda a Vila. Os mais inteligentes e sabedores desciam ao Largo e daí instruíam a Vila. Os valentes erguiam-se no meio do Largo e desafiavam a Vila, dobravam-na à sua vontade. Os bêbados riam-se da Vila, cambaleando, estavam-se nas tintas para todo o mundo, quem quisesse que se ralasse, queriam lá saber- cambaleavam e caíam de borco. Caíam ansiados de tristeza no pó branco do Largo. Era o lugar onde os homens se sentiam grandes em tudo o que a vida dava, quer fosse a valentia, ou a inteligência, ou a tristeza.


Os senhores da Vila desciam ao Largo e falavam de igual para igual com os mestres alvanéis, os mestres-ferreiros. E até com os donos do comércio, com os camponeses, com os empregados da Câmara. Até, de igual para igual, com os malteses, os misteriosos e arrogantes vagabundos. Era aí o lugar dos homens, sem distinção de classes. Desses homens antigos que nunca se descobriam diante de ninguém e apenas tiravam o chapéu para deitar-se.


Também era lá a melhor escola das crianças. Aí aprendiam as artes ouvindo os mestres artífices, olhando os seus gestos graves. Ou aprendiam a ser valentes, ou bêbados, ou vagabundos. Aprendiam qualquer coisa e tudo era vida. O Largo estava cheio de vida, de valentias, de tragédias. Estava cheio de grandes rasgos de inteligência. E era certo que a criança que aprendesse tudo isto vinha a ser poeta e entristecia por não ficar sempre criança a aprender a vida- a grande e misteriosa vida do Largo.

A casa era para as mulheres.

Fonte: https://www.passeiweb.com/estudos/livros/o_fogo_e_as_cinzas
O Largo
Era o centro da Vila. Os viajantes apeavam-se da diligência e contavam novidades. Era através do Largo que o povo comunicava com o mundo. Também, à falta de notícias, era aí que se inventava alguma coisa que se parecesse com a verdade. O tempo passava, e essa qualquer coisa inventada vinha a ser a verdade. Nada a destruía: tinha vindo do Largo. Assim, o Largo era o centro do mundo.

Quem lá dominasse, dominava toda a Vila. Os mais inteligentes e sabedores desciam ao Largo e daí instruíam a Vila. Os valentes erguiam-se no meio do Largo e desafiavam a Vila, dobravam-na à sua vontade. Os bêbados riam-se da Vila, cambaleando, estavam-se nas tintas para todo o mundo, quem quisesse que se ralasse, queriam lá saber- cambaleavam e caíam de borco. Caíam ansiados de tristeza no pó branco do Largo. Era o lugar onde os homens se sentiam grandes em tudo o que a vida dava, quer fosse a valentia, ou a inteligência, ou a tristeza.


Os senhores da Vila desciam ao Largo e falavam de igual para igual com os mestres alvanéis, os mestres-ferreiros. E até com os donos do comércio, com os camponeses, com os empregados da Câmara. Até, de igual para igual, com os malteses, os misteriosos e arrogantes vagabundos. Era aí o lugar dos homens, sem distinção de classes. Desses homens antigos que nunca se descobriam diante de ninguém e apenas tiravam o chapéu para deitar-se.


Também era lá a melhor escola das crianças. Aí aprendiam as artes ouvindo os mestres artífices, olhando os seus gestos graves. Ou aprendiam a ser valentes, ou bêbados, ou vagabundos. Aprendiam qualquer coisa e tudo era vida. O Largo estava cheio de vida, de valentias, de tragédias. Estava cheio de grandes rasgos de inteligência. E era certo que a criança que aprendesse tudo isto vinha a ser poeta e entristecia por não ficar sempre criança a aprender a vida- a grande e misteriosa vida do Largo.
A casa era para as mulheres.







MANÉL DO AMEIXA-LEOLPOLDINA (MULHER)-GUIOMAR (MARITA) FILHA





COM OS NETOS MIGUEL E ANA




 LÁ PARA CIMA!

LÁ PARA CIMA, INDICAVA O SEU DEDO INDICADOR. VAMOS TODOS.
AFINAL O QUE O BABAU ME QUERIA DIZER, ERA QUE O AMEIXA MORREU.
MORREU TAMBÉM A MULHER DO AMEIXA E OUTROS MAIS-ESTE MÊS DE DEZEMBRO FOI BRAVO, LEVOU MUITOS COM A SUA GARRA DESTRUIDORA, NOVOS E MENOS NOVOS. E OS LARGOS DE TODOS OS LUGARES DO ALENTEJO, ESTÃO VAZIOS DE GENTE, E DE FUTURO.
FICAM AS RECORDAÇÕES E AS PALAVRAS DELE, NOS FILMES QUE ARQUIVO QUE (AINDA) NÃO ME APETECE EDITAR. PORQUE JÁ NÃO VALE A PENA, PORQUE JÁ NÃO HÁ PESSOAS, OU AS QUE ESTÃO-TÊM  O ESPÍRITO LIMPO E FUNDEM-SE NUM ABRAÇO DE SAUDADES, LÁ PARA OS LADOS DA CASA DO POVO.
ADORMECI E TENTEI ESQUECER, QUE ESTÁ QUASE TUDO LÁ EM CIMA, E NÓS SOMOS OS QUE SE SEGUEM. FICAM OS DESPOJOS-DESACOMPANHADOS E O ÚLTIMO VINHO AZEDA, TRISTE NAS TALHAS, E TAMBÉM MORRE EM VINAGRE.

AMEIXA, DESAPARECEU
UM DESTES DIAS
DE DEZEMBRO
DE 2018.A  MULHER TINHA partido 3 DIAS ANTES.
 UNS  DIAS DESTES EM  DEZEMBRO, DO VINHO NOVO PINGADO.
SÃO 06.45 HORAS-SEXTA-FEIRA QUALQUER-A NOITE AQUI NA BEIRA, AINDA NÃO DEU LUGAR AO DIA. SILÊNCIO E VAZIO. 
NÃO EXISTEM LARGOS NA BEIRA. NEM GENTE, TAMBÉM!...
-NEM HISTÓRIAS QUE EU SAIBA.

EM tristeza ME DISSIPO! DE SOLIDÃO E  DOR. PORQUE SEI DEMAIS. 
E PESA-ME A EXISTÊNCIA. PORQUE SEI TANTOS "ROSTOS" E HISTÓRIAS DELES.
...

O SABOR ERA AZEDO, O ODOR INTENSO...FOI NUMA QUINTA-FEIRA , NA MESA DO CENTRO QUE BEBI O PRIMEIRO GOLE DE CERVEJA. ARREPIEI-ME, MAS GOSTEI.

-PROVA LÁ ! DISSE ELE DANDO UM TOQUE NO COPO, ARRASTANDO-O PARA O MEU LADO. TINHA 13 ANOS, NO CAFÉ DO AMEIXA-O MEU PAI, EMANCIPOU-ME ANTES DOS 18. 

-PROVA!

LÁ DE CIMA PINGA PARA BAIXO... 



Pela janela do meu planeta entra a luz que o enche de vida.
É uma janela admirável, debruada com pôr-de-sóis, alvoradas e outros fenómenos luminosos.
Por ela entra a Luz Solar com que “retino” e admiro os dias terrestres. Por ela vejo outros pontos irradiadores e reflectores de luz quando, por ausência ou diminuição da primeira, me encho de noite, me tapo com ócio, ou me deslumbro com o que estava ofuscado. De noite, reflecte no solo Lunar, mostrando-o diferente de quarto em quarto.
 Nesta altura natalícia, mais precisamente no dia 21 de Dezembro, pelas 22h23 min (hora continental), a portada da janela do meu planeta recomeçou a abrir-se, para semear, dia a dia, a noite de luz. (...E A PRIMAVERA!)
Dizem os antigos que é a vitória da luz sobre as trevas. Diz a ciência que ocorreu o solstício de inverno. Dizemos todos que, por estas latitudes, os dias vão ter cada vez mais horas de luz, até que a janela do meu planeta fique o mais aberta que lhe é possível por alturas do solstício de verão. Mas isso é só para o Ano Novo que, por estes dias de festa, também começa.(ANTÓNIO PIEDADE-BIOQUÍMICO)




Solstício 2018. 22:23
Sexta-feira
,
21 de Dezembro
Todas as horas estão no fuso horário: Hora de Portugal Continental.
O GRANDE DIA TEM INÍCIO AMANHÃ.

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